terça-feira, 26 de abril de 2005

Sucursal

E por falar em "Diário do Pará", vem aí uma nova empreitada do jornal para a região: está agendada para a primeira semana de maio a inauguração da Sucursal Oeste do Pará do jornal, com sede em Santarém.
Uma equipe de peso foi montada para acompanhar as notícias da região e suprir com o noticiário regional, política, esporte e sociedade. O projeto prevê a criação de um tablóide específico para as notícias do oeste paraense que deve se chamar "Diário do Tapajós", e que inicialmente circulará duas vezes na semana até se consolidar como um produto para ganhar - quem sabe - vida própria.
A estratégia segue as mesmas características do que já foi feito por duas vezes pela antiga "A Província do Pará", que lançou na decada de 1980 um encarte chamado "Jornal de Santarém", que depois ganhou vida própria e seu espólio acabou no que hoje é o tablóide semanal "Jornal de Santarém e do Baixo-amazonas", do uruguaio Júlio César Aquistapase (leia-se Agência Amazônia) que hoje repesenta - ironia do destino - "O Liberal" na região, através de um encarte chamado "Liberal Oeste".
Há cinco anos, quando se preparava para o seu "canto do cisne", o jornal "A Província" criou outro produto regional: "A Província do Tapajós", comandada por Miguel Oliveira que depois deixou o projeto e com o know how adquirido lançou o jornal "O Estado do Tapajós".
O desafio do "Diário" é, além de fazer frente a "O Liberal", como já vem fazendo em Belém e aqui mesmo (onde as vendas tem sido mais expressivas do que as do Liberal), consolidar-se como um produto noticioso que dê um novo impulso na comunicação local, tão saturada por pelo menos uma dezena de semanários ou quase diários, sendo que muitos existem precariamente e dependem exclusivamente de verbas públicas para sobreviver, afetando, às vezes, sua linha editorial.
Pode-se afirmar que atualmente destacam-se entre todos apenas três: o já citado "O Estado do Tapajós", "A Gazeta de Santarém", e "O Impacto". Estes dois últimos inclusive com a versão on-line. A do Estado está temporariamente fora do ar, aguardando um projeto de reestruturação.
Que venha "O Diário do Tapajós", e que se torne em breve, realmente diário...
Comentário do Blog: por falar em diário, Celivaldo Carneiro (leia-se "Gazeta"), sonha também em transformar seu semanário em diário. Santarém só tem a ganhar se todos os projetos descritos acima se concretizarem. O leitor espera por mais qualidade de informação e menos bate-boca entre editores, acirradas pela paixão política dos grupos a que pertencem... Mas isso faz parte da nossa condição provinciana (se até na "metrópole" os dois grandes se digladiam, que dirá aqui na Tupaiulândia...).

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