Aproveitando o revival sobre o Estado do Tapajós, mexo em meus alfarrábios e encontro reportagem minha sobre a redivisão do Pará publicada (com direito à chamada de capa) na edição de agosto/95 da revista bimensal Cuíra, porta-voz da ONG Unipop (Instituto Universidade Popular) de Belém.
Naquela época, a região oeste do Pará havia dado um “show” nas urnas de 94 elegendo sua maior bancada de deputados (seis estaduais e três federais), mas apesar da vitória ter ocorrido em função do mote uníssono dos candidatos (“vote em quem apóia a criação do Tapajós”), pairava entre as lideranças políticas e empresariais (como creio que ainda paira) um clima de “divisão da divisão”, já que haviam pelo menos três ou quatro grupos discutindo o mesmo tema.
Isso sem contar a existência das duas associações de municípios que até hoje se digladiam (AMUT e AMUCAN), depois do fim da AMOP (Associação dos Municípios do Oeste do Pará).
Eis um trecho da reportagem intitulada “Separatismo: a revolta que vem do oeste”:
“(...) No editorial do boletim ‘O Calha Norte’, porta-voz da Amucan divulgado no mês passado, a entidade retoma os antigos temas que já eram debatidos na Amop, e pergunta ‘será que estão querendo criar o Estado de Santarém?’, ao questionar o fato de não haver representantes nem da Amucan e nem da Amut, na Comissão formada na Assembléia Legislativa(...)”.
Comentário do blog: será que nossas lideranças políticas e empresariais vão cometer os mesmos erros do passado? Enquanto o debate aqui é pulverizado, em Belém a articulação está a mil e é possível que sejamos pegos de calças curtas, se e quando o plebiscito for aprovado...
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