segunda-feira, 2 de maio de 2005

Novo Pará(digma)

Circula na internet, entre internautas de Belém principalmente, um boletim semanal editado por opositores dos atuais governos estadual e municipal. O "Belém de Frente", traz opiniões sobre a administração municipal de Duciomar Costa e sobre o governo de Simão Jatene.
Do último boletim que recebi de um amigo em Belém, extraio a seguinte nota:
"Hollywood Tucana

Para a propaganda do governo tucano – repetida em escala industrial dezenas de vezes por dia – o Pará é uma espécie de Hollywood tropical, um pindorama da felicidade terrena. Pelo menos é o que se depreende da cobertura – para lá de fantasiosa – e com certeza paga a peso de ouro, realizada durante a recente visita do presidente Lula ao Pará, vírgula, ao Pará propriamente não, mas à essa terra da fantasia que tem como grão-mago o governador Simão Jatene (PSDB).
Analisemos a estranha e inusitada manchete de O Liberal de quinta-feira passada: “Pará dá exemplo de reforma agrária” . Pasmem: exemplo de reforma agrária? Mas não foi nessa terra, maculada pelo latifúndio e pelo trabalho escravo, que a mídia mundial, há tão poucas semanas, noticiou fartamente o bárbaro – e ainda não completamente esclarecido – assassínio da irmã Dorothy, uma religiosa de 75 anos, alvejada sem piedade por dois pistoleiros? Não é o Pará que em todo abril – por esse Brasil afora e em tantas capitais do mundo – é lembrado pelo tristemente famoso massacre de Eldorado dos Carajás, cujos mandantes – entre eles tucanos de alta plumagem - continuam impunes, como a zombar da tragédia e do sofrimento imposto a tantas famílias de trabalhadores rurais?

O Pará real, com suas contradições e desigualdades, mas recheado por tantos e tão variados exemplos de luta e resistência, precisa emergir vigoroso, e romper – de uma vez por todas – o manto da mentira que tenta sufocá-lo."
Comentário do blog: tirando os exageros, que indicam uma relação petista com o texto, o mPará realmente precisa acordar um dia, pois só aparecemos em manchete por conta de tragédias e de corrupções. Precisamos de um novo paradigma em nosso estado. Ou seria de um novo estado como paradigma?

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