domingo, 7 de outubro de 2012

Projeções só depois das 17h00


Alertado por um colega, decidi não apresentar minhas projeções sobre quem eu acho que pode ser eleito vereador. Assim, apresentarei estas projeções só depois das 17h00, quando todo mundo já tiver votado.

Como disse em post anterior, o Quociente Eleitoral para este ano deve cair em relação à última eleição. Naquele ano, para eleger um vereador eram preciso mais de 10 mil votos e só 176 candidatos se inscreveram. Este ano, com o aumento de vagas, mais que o dobro de candidatos resolveu tentar a sorte. O quociente eleitoral deve ficar entre 7.000 e 7.500 votos para eleger um vereador. Isso não quer dizer que o vereador sozinho tenha que conseguir essa quantidade de votos, mas a soma dos candidatos de um mesmo partido e/ou coligação.  Leia mais sobre isso neste link.

Os 351 candidatos que concorrem às 21 vagas na Câmara Municipal estão em partidos ou coligações. Dos 24 partidos que lançaram candidaturas, cinco não se coligaram com ninguém, acreditando no potencial de seus candidatos. São eles: PSL, PP, PMDB, DEM, PSOL, PRP. O PDT se coligou com o minúsculo PPL, que lançou apenas um candidato, enquanto que o PSC coligou com o PTC que não lançou nenhum candidato.

Agora vou almoçar e votar. No retorno apresentarei outras curiosidades sobre os candidatos a vereador deste ano, sem emitir minha opinião sobre quem eu acho que ganha.

Os candidatos aniversariantes e os dois extremos na idade


Dos 351 candidatos que disputam as 21 vagas da Câmara Municipal hoje, dois devem estar mais ansiosos. São candidatos que fazem aniversário exatamente nesta data! Adivinhem o que gostariam de ganhar de presente?

Os candidatos são ERICA SOUSA DA SILVA (PSL), que completa 27 anos e HERLON CLEVER PENAFORTE REGO (PTN), que faz 21 anos. Infelizmente a chance deles conseguiram uma vaga é remota. O PSL pode não eleger ninguém, já o PTN integra uma coligação de quatro partidos com fortes candidatos. Logo mais dou outras informações sobre isso.

Outro dado curioso sobre os candidatos são os extremos das idades. A candidata mais jovem que concorre neste pleito é NATALIA DE SOUSA GOMES, também do PSL. Ela tem 20 anos, completados mês passados. Já a mais idosa é ANTONIA MOTA FERREIRA, do PMDB, de 71 anos.

172 candidatos declararam que são casados e 146 que são solteiros. Os divorciados ou separados são 28 e ainda há cinco candidatos viúvos, segundo dados do TRE.

Com relação à escolaridade dos candidatos, 39 declararam possuir Ensino Fundamental Completo e 29 Incompleto. Além disso, 129 tem Ensino Médio Completo e 13 Incompleto. 98 disseram que já soa graduados e 42 estão se graduando. Apenas um candidato declarou  que só lê e escreve.

No próximo post, os candidatos com chance de ganhar um assento na Câmara.

Mais de 350 razões para votar em vereadores


Esse é o total de candidatos aptos às 21 vagas da Câmara Municipal este ano. O número era maior no início de julho, quando começaram os registros de candidaturas. Dos 30 partidos existentes no Brasil, apenas 27 estão criados em Santarém e somente 24 apresentaram candidatos nestas eleições, segundo dados do TRE.

O total de candidaturas registradas em julho foi de 379, sendo 257 homens e 122 mulheres. Mas 07 candidatos (5 homens/2 mulheres) renunciaram antes mesmo de serem liberados ou não pela Justiça Eleitoral. A grande maioria por entender que não era sua hora, ou porque preferiu apoiar outro candidato. Este foi o caso do ex-prefeito Ruy Corrêa, que se registrou, mas preferiu aderir à candidatura de seu primo Maurício Corrêa, que estreia no novo partido PSD.

Além das desistências, a Justiça Eleitoral impugnou outras 21 candidaturas (09 homens/12 mulheres), por irregularidades no registro. Os dois indeferimentos que mais causaram impacto foram os do filho do deputado Antonio Rocha, Erlon Rocha (PMDB) e do delegado Jardel Guimarães (PDT), ambos tidos como francos favoritos para duas vagas.

Ao final, sobraram 351 candidatos, sendo 248 homens e 103 mulheres. Desse total de candidatos, 316 são paraenses (272 santarenos e 44 de outros municípios do Pará). Mas trinta e cinco candidatos são nascidos em outros estados, assim distribuídos: nove do Maranhão, seis do Amazonas, cinco do Ceará. Amapá, Bahia, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul tem dois representantes cada entre os candidatos, enquanto que Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná e Roraima tem apenas um representante cada. 

Nota-se que o número de representantes do Nordeste, especialmente do Ceará diminuiu muito, provavelmente em função da criação do município de Mojuí dos Campos, que concentra o maior número de representantes daquele estado e região, e cujos candidatos ficaram por lá mesmo, para tentar a primeira Legislatura do novo município.

Daqui a pouco outras curiosidades sobre os candidatos a vereador e os meus palpites sobre eleitos.

Os vereadores e o tal do quociente...


A Câmara Municipal vai ter 21 vereadores no próximo período legislativo, que começa em 1º de janeiro. Isso significa que o Quociente Eleitoral que determina quem ocupará as vagas, será menor que quatro anos atrás. Já fiquei meio expert neste tema, por acompanhar tantas eleições, por isso fico de olho na movimentação dos partidos, converso com lideranças partidárias, e aos poucos é possível vislumbrar alguns resultados.

Mas antes de falar dos prognósticos, é bom rever o tema do QE. Muita gente ainda não entende como pode um candidato receber uma grande votação e perder a vaga para outro com votação menor. O sistema que vigora no Brasil é o da proporcionalidade, ou seja, as vagas no parlamento são distribuídas em proporções que respeitamos votos conquistados no conjunto, pelos partidos e coligações. para isso é feito o cálculo para o QE.

Na eleição passada escrevi vários artigos sobre isso onde explicava que "Quociente ou cociente (muitos chamam de coeficiente, mas não é o termo correto), é um termo da Matemática que vem do Latim quociens e indica a “quantidade resultante da divisão de uma quantidade por outra”. O Quociente Eleitoral determina-se “dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo número de lugares a preencher, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a meio ou arredondando-se para um, se superior” (Código Eleitoral, art. 106, caput). Já o Quociente Partidário determina-se para cada partido político ou coligação “dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração” (Código Eleitoral, art. 107).
Em resumo, o quociente partidário informa o número de candidatos proporcionais (vereadores, deputados federais ou estaduais) eleitos de cada partido ou coligação em conseqüência dos votos recebidos. Esses candidatos são eleitos por votação própria e são sempre a minoria. Os demais ‘pegam’ carona no somatório de votos recebidos pelo partido ou coligação e pela legenda".

Leia mais acessando este link.

No próximo post, informações sobre os candidatos a vereador deste ano!

Belém terá mesmo segundo turno, mas Edmilson é favorito

O Instituto Doxa Pesquisas, do santareno Dornelio Silva (foto), continua a todo vapor percorrendo os quatro cantos do estado, acompanhando de perto os índices eleitorais dos candidatos. 

Em Belém, sua última pesquisa indica 2 turno entre Edmilson Rodrigues (PSOL) e provavelmente Zenaldo Coutinho (PSDB). José Priante ao que parece vai ficando de fora, ultrapassado pelo candidato do prefeito Duciomar Costa, Anivaldo do Vale.


Em Santarém, a Doxa também fez pesquisas contratadas pelo Blog do Jeso.

Trocando uniformes na reta final


Em respeito aos parcos leitores deste pobre blog, resolvi trocar de uniforme na reta final desta angustiante campanha eleitoral de 2012. Deixo a roupa de militante partidário de lado e tento, nesta postagem, contribuir com algumas informações aos (e)leitores deste espaço. Como militante cibernético, travei alguns debates na rede social, através do Facebook e até participei diretamente da campanha midiática, ora assessorando candidatos, ora pedindo votos para eles.
Há quase 80 dias fiz o último post neste espaço. Ainda estávamos no mês de julho, logo depois das tumultuadas convenções municipais dos partidos, que analisei aqui pelo blog. Foi o momento em que o jornalista deu lugar ao militante político. Como membro da direção do PCdoB local, me envolvi em um sem-número de reuniões, além do meu cotidiano como analista judiciário no Fórum de Santarém, atuando na organização das sessões do tribunal do júri.
Por pouco não aceitei enfrentar uma candidatura a vereador, mas depois de avaliar os prós e os contra de entrar nessa campanha, concluí que tinha mais contras do que prós. Engatei marcha-ré.
Mas desde que me filiei no PCdoB no ano passado, havia me proposto a ajudar o partido a alavancar e influir nas eleições municipais, ou articulando uma candidatura a prefeito ou elegendo seu primeiro vereador.
Mas no meio do caminho havia um plebiscito e tudo embolou. Mesmo assim, mantivemos conversações com o PV, que na última hora preferiu não se aventurar na consolidação de uma terceira via e migrou pro lado do PSDB. Não nos restava outra posição senão continuar seguindo nosso aliado histórico, o PT. Mas precisávamos garantir um tratamento não mais de “sigla de aluguel” como tantas que existem por aí. Afinal, no ano dos 90 anos de fundação do PCdoB, queremos marcar a história do partido em Santarém, seja apoiando uma candidatura para prefeito, seja elegendo um ou mais vereadores na Câmara.
Mas deixemos a militância pra mais tarde. Hoje é dia de eleição, e muita gente está saindo agora para votar. Aos que estiverem em casa e conseguirem ler estas linhas, pode ser que eu ajude com algumas informações. Sempre digo que não tenho a pretensão de ser dono da verdade (os jornalistas, muitas das vezes acreditam que estão acima do bem e do mal). Mas conviver com os bastidores da política, coisa que faço desde que me iniciei repórter pela Rádio rural, em 1984, e ao mesmo tempo levantar bandeiras partidárias, causa um grande desconforto. Para mim e para os outros. Mesmo assim, me arrisco a palpitar, e tentar ser mais jornalista do que militante. Não é fácil. Por isso, estou pronto para os debates, mesmo aqueles raivosos de pessoas que ao invés de debater ideias, preferem detratar o autor. Já estou vacinado. E basta filtrar aqueles que não respeitam o bom debate. E vamos às informações.

Em meio ao descrédito com as pesquisas, SIM e NÃO fazem a tônica do embate pela prefeitura

Creio, como muitos, que esta deve ser a eleição com um resultado dos mais apertados de todos os tempos, entre os dois principais candidatos à Prefeitura. Alexandre Von, do PSDB e Lucineide Pinheiro do PT devem ser um dos vencedores da contenda, provavelmente com uma pequena margem de diferença entre ambos. A possibilidade de uma vitória acachapante de ambas as partes parece ser remota. Tive acesso a diversos resultados de pesquisas internas, de um lado e de outro. E juntando com as pesquisas publicadas, a sensação é a mesma.
Cheguei a participar de um programa de Lucineide falando do fenômeno da tendência das pesquisas, que historicamente definem o resultado na reta final. E quem sempre está na frente com ampla vantagem antes da campanha começar, corre sempre o risco de iniciar uma queda gradual ou exponencial, como no caso do comunicador Celso Russomano (PRB), candidato a prefeito em São Paulo, que de provável vencedor ainda no 1º turno corre o risco de nem chegar ao 2º turno e assistir de camarote a mas uma contenda entre PT e PSDB.
Mas em Santarém, a queda anotada em relação ao candidato que esteve sempre na frente foi gradual. A candidata que entrou na campanha com menos de três meses, independente do resultado de hoje, já pode ser considerada um fenômeno: de 0% enfrentou os quase 47% construídos por Alexandre nos últimos anos e praticamente encostou no seu cangote.
De um lado, o PT fazendo uma campanha junto com outros 11 partidos aliados, para provar que os oito anos no poder renderam bons frutos. Do outro, uma oposição acertando constantemente aquele mesmo soco no fígado, no que parecia ser o calcanhar de Aquiles da gestão Maria do Carmo II: ruas esburacadas e caos nos hospital municipal.
Como sempre acontece, programas de governo não foram expostos para debate. Sobrou malícia e acusações, vídeos com ataques grosseiros ou mensagens humoradas. E como pano de fundo o plebiscito, com Alexandre tentando dizer que é do SIM, apesar de apoiado pelo governador do NÃO e Lucineide reforçando a convicção do NÃO em detrimento de um possível SIM. Entre o SIM e o NÃO muitos eleitores ficaram no TALVEZ. Hoje a resposta sairá das urnas.
Outros três candidatos participaram do embate, quase como co-adjuvantes: Márcio Pinto (PSOL), José Maria Tapajós (PMDB) e Rubson Santana (PSC). Duas decepções e uma surpresa que se prepara para voos mais altos. A decepção maior fica por conta de José Maria Tapajós, que pode amargar até mesmo um quarto lugar (o que seria uma vergonha para o poderoso PMDB de Jader Barbalho), se a performance esperada de Márcio Pinto se confirmar. Este por sua vez, ganhou mais experiência e deve ser forte candidato à uma vaga na Alepa dentro de dois anos, principalmente se o PSOL confirmar Edmilson Rodrigues na prefeitura de Belém. Ao Zé Maria, resta o esforço final para tentar eleger seu herdeiro político, o webdesigner Júnior Tapajós para a Câmara Municipal.
A outra decepção ficou por conta de Rubson Santana, que despontava como uma novidade que poderia dar o que falar, mas não pelo lado folclórico. O “candidato das maquetes”, mostrou a fragilidade uma estrutura quase inexistente, baseada apenas numa trupe de abnegados religiosos da Assembleia de Deus, a qual pertence. Projeto inacabado de político com uma nova mensagem, Rubson deve apenas servir como um palanque alternativo para o deputado federal Zequinha Marinho (PSC-PA), em sua tentativa de reeleição em 2014.
Daqui a pouco um post sobre as chances de quem pode chegar na Cãmara Municipal.