Olha para o céu,
tira teu chapéu
pra quem fez a estrela
nova, que nasceu.
Traz o teu sorriso
novo, espacial,
pra quem fez a estrela
artificial.
Eu sei que agora a vida
deixa de ser vã,
pois há mais luz na avenida
e mais um astro na manhã
Quem volta do seu campo,
ao sol poente, vem dizer
que a estrela é diferente
e faz o trigo aparecer.
Olha para céu,
tira teu chapéu
pra quem faz a estrela
nova, que nasceu.
Não é pra São Jorge
nem pra São João,
pois não é outra lua
e não é balão.
Quem mora no Oriente
não vai se incomodar.
Ao ver que no Ocidente
estrela quer passar.
Não há mais abandono
nem reino de ninguém.
Se a terra já tem dono,
céu ainda não tem.
Por isso, vem.
Deixa o cansaço,
apressa o passo
e vem correndo
pro terraço
e abre os braços
para o espaço que houver.
Quem não quiser
deixar a terra, em que vivemos,
pelos astros, aonde iremos,
vai ouvir, ver e contar
tantas estrelas
quantas forem nossas naves,
noutros mares mais suaves,
a voar, voar, voar...
Comentário do Blog: Em tempo de estrelas que não brilham mais, somente as estrelas da canção de Belchior para voar em nossos sonhos...
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