Foi o terceiro júri da 10ª Vara cancelado, em duas semanas. Desta feita, a pedido da Defensoria Pública - através dos defensores Francelino Eleutério e Matuzalem Bernardo - que pediram o cancelamento do Júri que deveria julgar o lavrador MELQUÍADES ROCHA CASTRO, 54 anos, acusado de matar seu cunhado Everaldo de Sousa, com cinco facadas.
O cancelamento foi por causa de vícios formais no processo, ou seja, a falta da intimação do réu para constituir advogado, quando sua primeira advogada desistiu da ação e esta foi logo distribuída à Defensoria. O promotor Adleer Sirotheau concordou e o juiz Gérson Gomes cancelou a sessão intimando, no ato, o réu a constituir novo advogado, já que ele pediu pra conversar com a família e saber se vai contratar um advogado ou vai se manter com a Defensoria.
O crime ocorreu no dia 21/10/1998, na localidade de Jaguarari, município de Belterra. Os dois já tinham animosidade antiga e nesse dia se encontraram numa estrada, quando iniciaram uma briga que culminou com o esfaqueamento de Everaldo. A rixa entre eles seria porque Melquíades havia denunciado um irmão de Everaldo à polícia pelo crime de estupro.
O próximo júri será no dia 31/05, quando sentará no banco dos réus, novamente, o ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Argemiro Gomes (foto acima à esquerda). Ele foi julgado e condenado juntamente com o empresário Paulo Boca Larga (foto acima à direita) há dois anos, pela morte do mototaxista Jonathas Lemos de Oliveira, assassinado em 2002. Argemiro recorreu e conseguiu anular o júri, já Paulo Boca Larga não ganhou o recurso, mas faleceu este ano antes de cumprir a pena. (foto Blog do Ércio)
Filho de deputado será julgado em Belém
Deve acontecer na próxima quinta-feira, 24/05, em Belém o julgamento de Antonio Rocha Jr., filho do deputado Antonio Rocha (PMDB), acusado de assassinar o professor Roque Fonseca Sarmento, na região do Lago Grande, em 1998.
O processo deveria ter sido julgado em 2008, na cidade de Santarém, mas por causa de um fato inédito acabou tendo que ser desaforado, ou seja, mudar de foro. O caso ganhou repercussão na imprensa do Pará (leia AQUI e AQUI), por causa da alegação de suspeição dos 10 promotores locais, levando o juiz da época a solicitar o desaforamento por "estar ameaçada a imparcialidade do corpo de jurados".
Esta será a quarta tentativa de julgar o réu. Depois de Santarém, por duas vezes a sessão foi cancelada em Belém, a pedido de seus advogados. O promotor público de Faro, que atuou em Santarém, Rodrigo Aquino, atuará no caso. Testemunhas que moram no Lago Grande serão ouvidas através de videoconferência no Fórum de Santarém.
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