quarta-feira, 18 de julho de 2012

Águas passadas - Poesia


(*) Ana Charlene Negreiros
(Imagem do Blog Colisão)

Leio palavras rimadas
Ditas a outrem outro dia,
Que deixam meu dia agnóstico,
Trazem fatídico diagnóstico:
Levam consigo minha alegria.

Transmitem, pois, a verdade
Que dantes fora tua realidade;
Outros seres, outros prazeres.

Não teria porque sofrer assim,
Não pertencia tua alma antes a mim!
Por que este vazio persiste em reinar?

Não me agrada saber que teu beijo
Embriagava-se por outro desejo.
Esta dor machuca, raiva me dá!

Meu corpo fora templo de outros amores,
Meu palco, ribalta de outros atores.
Por que peço castidade, afinal?

Por que afogo-me em águas passadas,
Em desalinho que não leva a nada,
Se sou teu presente, futuro, ponto final?

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(*) Minha musa, mostrando seu dotes de poeta...

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