Texto publicado em minha coluna Peripatos, no Diário do Tapajós (14.10.05):
Desde meu retorno à Santarém, em novembro de 2004, depois de um período em que fui lotado pelo TJE para assumir a Diretoria da 6ª Vara Penal de Ananindeua, voltei imbuído de me envolver em atividades culturais.
Até então não era visto como um agente cultural, apesar de sempre achar que o comunicador de rádio ou o jornalista são vetores de propagação cultural. Além disso, minha veia poética e literária, meu passado como ator amador e meu pendor pelas artes gráficas (gibis) e pelo cinema, me empurravam para este caminho.
Como publicitário já havia sido convidado em 1998 para produzir uma peça cujo texto era de meu ídolo Chico Buarque, pelo então recém-criado Grupo de Teatro Kauré (GTK) liderado pelo pedagogo e ator Alenilson Ribeiro. No início deste ano ele voltou a me convidar desta feita para dirigir o mesmo espetáculo de então, uma boa oportunidade de mostrar que além de jornalista polêmico, de marketeiro com sucesso relativo, eu era também um agente cultural.
O espetáculo infantil (“Os Saltimbancos”) foi um sucesso de público e crítica, principalmente por introduzir duas inovações: a realização de duas sessões num mesmo dia e portas fechadas para quem chegasse atrasado para a primeira sessão.
Foi então que começamos a discutir no grupo a necessidade de profissionalização ou ainda de se criar uma ONG cultural com objetivos mais abrangentes. Na terça-feira, dia em que o GTK completou 7 anos de existência, a nova entidade cultural nasceu de fato, num local especial: o centenário prédio do Centro Cultural João Fona. Trata-se do Instituto Kauré de Pesquisa e Promoção do Patrimônio Artístico-Cultural da Amazônia , ou simplesmente INKA.
A novidade do INKA é que não se limitará às artes cênicas, abraçando as chamadas 7 Artes Clássicas, com pequenas adaptações: Teatro, Literatura (Poesia), Música, Dança, Pintura, Escultura e Audiovisual (Cinema). O grupo pretende criar 7 Núcleos de Artes, para debater cada uma destas artes e discutir propostas de incentivo, promoção e pesquisa destas. Dois núcleos já estão formados: Teatro e Dança, que serão compostos pelos atuais integrantes do GTK. Os outros virão aos poucos.
O INKA, liderado pelo próprio Alenilson, eleito na terça-feira, traz a marca do Kauré, codinome do ator santareno Manuel Maria Duarte, que faleceu precocemente vítima de câncer há 9 anos e entre os povos da Amazônia, segundo nossos folcloristas, Cauré (do nheengatu, Ka´uré) é um pequeno gavião, também conhecido por tem-tenzinho, que entre diversas lendas é tido como um símbolo de fortuna e felicidade doméstica a que muitos aspiram. É nesse espírito que o INKA, surge para ser uma nova alternativa cultural.
Por enquanto tudo é incipiente. Temos muito trabalho burocrático e a luta para angariar recursos. Mas sem utopia não se vive.
Até então não era visto como um agente cultural, apesar de sempre achar que o comunicador de rádio ou o jornalista são vetores de propagação cultural. Além disso, minha veia poética e literária, meu passado como ator amador e meu pendor pelas artes gráficas (gibis) e pelo cinema, me empurravam para este caminho.
Como publicitário já havia sido convidado em 1998 para produzir uma peça cujo texto era de meu ídolo Chico Buarque, pelo então recém-criado Grupo de Teatro Kauré (GTK) liderado pelo pedagogo e ator Alenilson Ribeiro. No início deste ano ele voltou a me convidar desta feita para dirigir o mesmo espetáculo de então, uma boa oportunidade de mostrar que além de jornalista polêmico, de marketeiro com sucesso relativo, eu era também um agente cultural.
O espetáculo infantil (“Os Saltimbancos”) foi um sucesso de público e crítica, principalmente por introduzir duas inovações: a realização de duas sessões num mesmo dia e portas fechadas para quem chegasse atrasado para a primeira sessão.
Foi então que começamos a discutir no grupo a necessidade de profissionalização ou ainda de se criar uma ONG cultural com objetivos mais abrangentes. Na terça-feira, dia em que o GTK completou 7 anos de existência, a nova entidade cultural nasceu de fato, num local especial: o centenário prédio do Centro Cultural João Fona. Trata-se do Instituto Kauré de Pesquisa e Promoção do Patrimônio Artístico-Cultural da Amazônia , ou simplesmente INKA.
A novidade do INKA é que não se limitará às artes cênicas, abraçando as chamadas 7 Artes Clássicas, com pequenas adaptações: Teatro, Literatura (Poesia), Música, Dança, Pintura, Escultura e Audiovisual (Cinema). O grupo pretende criar 7 Núcleos de Artes, para debater cada uma destas artes e discutir propostas de incentivo, promoção e pesquisa destas. Dois núcleos já estão formados: Teatro e Dança, que serão compostos pelos atuais integrantes do GTK. Os outros virão aos poucos.
O INKA, liderado pelo próprio Alenilson, eleito na terça-feira, traz a marca do Kauré, codinome do ator santareno Manuel Maria Duarte, que faleceu precocemente vítima de câncer há 9 anos e entre os povos da Amazônia, segundo nossos folcloristas, Cauré (do nheengatu, Ka´uré) é um pequeno gavião, também conhecido por tem-tenzinho, que entre diversas lendas é tido como um símbolo de fortuna e felicidade doméstica a que muitos aspiram. É nesse espírito que o INKA, surge para ser uma nova alternativa cultural.
Por enquanto tudo é incipiente. Temos muito trabalho burocrático e a luta para angariar recursos. Mas sem utopia não se vive.
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