domingo, 15 de novembro de 2020

ELEIÇÕES 2020: uma análise sobre os candidatos a vereador e suas possibilidades

 Acompanho e sou fascinado por eleições desde a primeira vez que votei em 1982, aos 18 anos, na cidade que adotei como minha: Santarém, oeste do Pará! Os tempos eram de ativismo social e engajamento juvenil num partido de esquerda recém-criado, o PT. Naquele ano, acompanhei a ascensão do Barbalhismo no Pará!

Fui me aperfeiçoando no tema e anos depois já trabalhava como repórter nas coberturas eleitorais, do tempo de contar papeizinhos nas urnas, em 1985 e 1986. A de 85, foi a eleição histórica em que Santarém voltava a votar em prefeito, 19 anos depois.

E minha relação com o prefeito de então (Ronaldo Campos/PMDB) azedou e acabei parando num auto-exílio na Europa, e acompanhei as eleições de 1988, 1989 e 1990 pelos semanários locais que me chegavam com uma semana de atraso na Grécia, enviados religiosamente por meu pai (mas vim votar no segundo turno, de 1989, no Lula-lá!).

E quando voltei em definitivo, ao Brasil, resolvi embarcar na primeira aventura como candidato a vereador, em 1992, pelo PT. Usei as habilidades de comunicador e criei algumas peças de televisão interessantes que chamaram a atenção, mas não convenceram os eleitores a me eleger...rs
Eu e Jorge Cohen, campanha de 2000.

Por conta disso, nos anos a seguir virei "marketeiro" em diversas campanhas e partidos de esquerda e de direita, inclusive criando uma empresa para isso. Fiz as campanhas de 1996, 1998 e 2000, ao lado de um inseparável camarada que a Covid-19 levou este ano: o videomaker Jorge Mário Cohen (foto), a quem dedico este artigo.

A paixão pela política foi crescendo e eu fui acumulando informações, dados estatísticos e detalhes pitorescos de campanhas, além de ter uma invejável coleção de santinhos de candidatos!

Tudo isso me levou, nos anos seguintes, a ser sempre convidado para as transmissões das emissoras, como analista político antes e depois da votação. Um dos meus talentos, a memória para narrar detalhes antigos deste ou daquele personagem que nem ele mesmo se lembrava...rs

Nas eleições de 2002, eu era gerente de jornalismo da Globo local e comandei a equipe de cobertura. Em 2004, já trabalhando no TJPA, em Ananindeua, consegui voltar pra Santarém e apenas votei. Já nas eleições de 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014, atuei como comentarista.

Recentemente voltei pra militância politica, assumi a direção de um partido, o PCdoB, e fui sendo afastado das transmissões, logicamente, até porque em 2016 tentei de novo ser candidato a vereador, já tentando usar as redes sociais, mas fui muito mal nas urnas.
Mesmo como militante partidário, ainda participei de programas de análise política, em 2018, o ano zero do Bolsonarismo...

E chegamos a 2020, um ano conturbado pela pandemia da Covid-19, que afeta o mundo todo em todos os aspectos. Ano de eleições municipais no Brasil, com o fim das coligações proporcionais e um clima de ódio nas redes sociais.

É nesse contexto que sento no computador nesta madrugada de sábado para domingo para tentar desenferrujar o cérebro e me atrever a destrinchar as informações que levantei sobre os partidos e seus candidatos a vereador, tentando manter uma distância ideológica dos fatos, se é que é possível. Talvez nem todos que vão votar hoje tenham tempo de ler, mas fica o registro para mais tarde ver o que consegui acertar...

Teremos grande renovação na Câmara? A população vai comparecer para votar no domingo, apesar do medo do Corona? Teremos pela primeira vez um segundo turno para prefeito, ou novamente tudo será decidido “de prima”, como em 2016?

Isso tudo foi só um parágrafo introdutório. Aguenta que vem mais "textão" pela frente...
 
Uma cláusula que pode dar alento a partidos menores
 
A grande maioria dos partidos no Brasil tem pouca expressividade em votos totais. Mas todos sempre tem candidatos que individualmente conseguem boa votação e acabam se elegendo ou não, por causa dos famosos cálculos de proporcionalidade, do chamado Quociente Eleitoral (QE), baseado na divisão de votos válidos (excluindo brancos e nulos) pelas vagas ofertadas no parlamento.

Desde o fim do Regime Militar, quando haviam apenas duas siglas partidárias (MDB e Arena), o número de partidos no Brasil cresceu exponencialmente (hoje são 33) com muitas delas sendo “legendas de aluguel”, exatamente para abrigar aventureiros que não querem ser integrantes de um coletivo e apenas usufruir disso para fazer carreira política.

Essa prática foi aumentando com o passar dos anos e após a divulgação de diversos escândalos envolvendo políticos de todos os partidos, surgiram iniciativas como a Lei da Ficha Limpa (que evita o registro de candidatos com processo julgado e condenado em instância superior do Judiciário, através de colegiado de juízes) e o Congresso votou uma mini-reforma eleitoral que trouxe algumas medidas para ajudar a “peneirar” os bons candidatos forçando a diminuição de partidos através da chamada “cláusula de barreiras” que passou a funcionar, em 2018, nas eleições para a Câmara Federal. 

Essa reforma trouxe, também, o fim das coligações de partidos para o Legislativo que será a novidade nas eleições deste ano. Se para pequenos partidos eleger um vereador já era difícil com coligação, imagine sem ela...

Mas, em contrapartida, a mesma reforma trouxe uma cláusula que pode ser o alento para os pequenos partidos: a que permite que um partido cujo Quociente Partidário (QP) – que é a soma de todos os votos válidos nos seus candidatos e na legenda – e que não atingiu o QE, possa disputar vagas nas sobras de votos, o que antes só era permitido aos partidos que alcançavam o QE. Para isso, basta que pelo menos um de seus candidatos tenha alcançado 10% do QE previsto, conforme o exemplo no quadro abaixo:


Os candidatos a vereador por Santarém e suas chances
 
Vamos agora à parte que mais interessa desta análise. 

Fiz um levantamento no site do TSE e apresento a seguir TODOS os candidatos aptos a serem votados nestas eleições. Foram registrados 488 candidatos por 21 partidos (MDB, PT, PSDB, PP, PDT, DEM, PL, PSB, REP, CIDA, PSL, PSC, PODE, PSD, PV, PATRI, AVANTE, PTC, PSOL, DC, PRTB, PMB). Outros 06 partidos (PCdoB, PROS, REDE, PTB, SDD e PMN), participam das eleições somente apoiando candidaturas a prefeito.
Em Santarém, só 28 dos 33 partidos existentes no Brasil, estão devidamente organizados. 

Abaixo a lista de todos os partidos em funcionamento no Brasil (em vermelho, os que ainda não existem em Santarém).
 

ORD.

PARTIDOS

SIGLA

1.                    

Republicanos

REP

10

2.                    

Progressistas

PP

11

3.                    

Partido Democrático Trabalhista

PDT

12

4.                    

Partido dos Trabalhadores

PT

13

5.                    

Partido Trabalhista Brasileiro

PTB

14

6.                    

Movimento Democrático Brasileiro

MDB

15

7.                    

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

PSTU

16

8.                    

Partido Social Liberal

PSL

17

9.                    

Rede Sustentabilidade

REDE

18

10.                

Podemos

PODE

19

11.                

Partido Social Cristão

PSC

20

12.                

Partido Comunista Brasileiro

PCB

21

13.                

Partido Liberal

PL

22

14.                

Cidadania

CIDA

23

15.                

Democratas

DEM

25

16.                

Democracia Cristã

DC

27

17.                

Partido Renovador Trabalhista Brasileiro

PRTB

28

18.                

Partido da Causa Operária

PCO

29

19.                

Partido Novo

NOVO

30

20.                

Partido da Mobilização Nacional

PMN

33

21.                

Partido da Mulher Brasileira

PMB

35

22.                

Partido Trabalhista Cristão

PTC

36

23.                

Partido Socialista Brasileiro

PSB

40

24.                

Partido Verde

PV

43

25.                

Partido da Social Democracia Brasileira

PSDB

45

26.                

Partido Socialismo e Liberdade

PSOL

50

27.                

Patriota

PATRI

51

28.                

Partido Social Democrático

PSD

55

29.                

Partido Comunista do Brasil

PCdoB

65

30.                

Avante

AVANTE

70

31.                

Solidariedade

SDD

77

32.                

Unidade Popular

UP

80

33.                

Partido Republicano da Ordem Social

PROS

90

 
Mas dos 488 candidatos a vereador, 04 renunciaram e 25 foram indeferidos, sendo que desses, apenas 16 recorreram da impugnação e ainda podem ser votados, mas a votação não aparecerá no resultado, até ser julgado o recurso. Assim, o eleitor tem apenas 476 candidatos para escolher às 21 vagas no legislativo. Ou seja, a disputa entre os vereadores é de quase 23 candidatos por vaga! (os candidatos em vermelho na tabela abaixo, disputam neste domingo, sub júdice, ou seja, só terão seus votos conferidos pelo sistema depois do julgamento dos recursos).


Dos 21 vereadores eleitos em 2016, apenas 12 tentam renovar os cargos juntamente com 03 suplentes que se tornaram titulares também. Emir Aguiar e Maria José Maia (DEM) e Antonio Rocha (MDB), deixam a disputa e tentam emplacar sucessores. Ney Santana (PSDB) e Valdir Mathias (PV) tentam se eleger prefeitos e Chiquinho Souza (DEM), renunciou, depois de se registrar, alegando problemas de saúde.

A análise dos candidatos por partido, a seguir, leva em conta informações estatísticas da eleição de 2016 e outros fatores que agregam ou diminuem suas possibilidades de reeleição. Em 2016, o QE para vereadores foi em torno de 7.500 votos e este ano pode girar em torno do mesmo número.
 
DEMOCRATAS – 26
 
Partido do atual prefeito Nélio Aguiar (que tenta a reeleição) e que tem ainda em seus quadros a família do líder político Lira Maia (prefeito por duas vezes), elegeu sem coligação três vereadores em 2016, dos quais apenas um tenta a reeleição (Tadeu Cunha). Tem a chance de eleger a mesma bancada, mas sonha em alcançar mais uma ou duas vagas, por ter candidatos com grande capilaridade eleitoral, como o campeão de votos em 2016, pelo PSDB, Jandeilson Pereira, líder da Colônia de Pescadores Z-20. Há também entre seus favoritos, o também vereador vindo de outra sigla, Silvio Neto (eleito pelo PTB em 2016). O ex-vereador Erasmo Maia, é a aposta do clã de Lira Maia para substituir a única mulher eleita em 2016, sua tia  Maria José Maia. Da mesma forma, o atual presidente da Câmara, Emir Aguiar, trabalha para a eleição de seu diretor legislativo, comunicador e cerimonialista Alberto Portela, que tem apoio da Renovação Carismática da Igreja Católica. Os demais nomes dificilmente terão chances de superar os já citados.

Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

MDB – 15
 
Com a aposentadoria de seu principal líder, Antonio Rocha, que sonhava ser vice de Maria do Carmo (PT), mas foi impedido pelo governador Helder Barbalho (inclusive com ameaça de intervenção no partido em Santarém, para continuar na coligação de Nélio Aguiar), o MDB tenta conseguir uma votação para eleger os mesmos dois vereadores de 2016 e sonha até com uma terceira vaga. Rocha joga todas as fichas em seu filho Erlon Rocha, empresário da navegação como o pai. O outro vereador eleito em 2016, Ronan Liberal Jr. tenta um novo mandato com o apoio do pai, ex-prefeito Ronan Liberal. Além desses, existem os nomes do advogado Andreo Rasera (com apoio do ex-prefeito Ruy Corrêa, e que se eleito será o primeiro deficiente visual a ocupar uma vaga na Câmara), e o vereador Alaércio Cardoso eleito em 2016 pelo PRP (partido que foi incorporado pelo Patriota, ano passado). Com menos chances, correm por fora o Alexandre Maduro, contabilista, a enfermeira Alba Leal e o líder comunitário José Maria Lira. Os demais candidatos tem quase nenhuma chance no pleito.
 


PSDB – 45
 
O PSDB pode renovar em 100% sua bancada de três vereadores eleita em 2016. Ney Santana (candidato a prefeito) e Chiquinho Souza não disputam a reeleição, e Jandeilson Pereira foi pro DEM. Mas, novamente, o partido pode ter o campeão de votos como foi há quatro anos (com Jandeilson). O ex-prefeito Alexandre Von é cotado para ter uma votação expressiva, o que pode ajudar na reeleição de Paulo Gasolina, oriundo do DEM, onde era suplente e assumiu a vaga de Henderson Pinto. Se isso acontecer, Alexandre e Gasolina repetirão o feito de 1988, quando se elegeram juntos, pela primeira vez, iniciando a carreira política, então pelo PDT. O PSDB conta ainda com três nomes que podem disputar uma possível terceira vaga: Sandra Santana (irmã de Ney Santana), Bárbara Mattos (esposa do médico João Otaviano Mattos, que também foi campeão de votos em 1996) e o blogueiro JK, filho do ex-prefeito Ronaldo Campos. Os demais tem menos chances de êxito.
 
PL – 22
 
O partido do vice-prefeito José Maria Tapajós tenta eleger de um a dois vereadores, e logicamente o favorito para uma das vagas e o filho de Tapajós, o Júnior, eleito vereador em 2016 pelo PR (agora PL). A outra vaga, se houver, tem na disputa o vereador Dayan Serique, que foi expulso do PPS pelo qual foi eleito em 2016, e tenta mais uma vez entrar nas sobras de vagas, como em 2012 e 2016. Quem pode ameaçar suas pretensões são o professor Josafá, líder sindicalista do Sinprosan ou até o neófito Senazar Galvão, líder comunitário do Conjunto Salvação. Os demais candidatos não são tão expressivos para disputar vagas.
 

Patriota – 51
 
Com apenas dez candidatos, todos neófitos ou inexpressivos, o partido não deve alcançar o Quociente Partidário para eleger nenhum vereador, apesar de ter um candidato a prefeito que pode chegar em 3º lugar (Coronel Tomaso) na disputa. Se algum candidato conseguir ultrapassar a barreira dos 750 ou 800 votos, podem sonhar com uma remota vaga nas sobras.
 

DC – 27
 
Com apenas três candidatos na disputa, o DC não elege ninguém. Em 2016, quando ainda era PSDC, elegeu um vereador, André do Raio-X, hoje no PV. O pior é que todos os candidatos disputam sub júdice, pois foram impugnados...
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

PSD – 55
 
Como em 2016, o PSD se preparou para tentar reeleger como único vereador, seu “dono”. O vereador Alysson Pontes conta com apoio da poderosa família que domina o mercado de medicamentos e postos de gasolina, para tentar mais uma vez ser vereador. Mas tem uma imagem desgastada por polêmicas que comprou durante os quatro anos de mandato. Pode ser ameaçado por candidatos neófitos como o jornalista Ronei Oliveira (apoiado pelo Movimento de Cursilho de Cristandade) ou pelo ex-policial e líder comunitário João Almeida. Fora disso, não há nomes que tenham chances visíveis na disputa por vagas.

 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

PT – 13
 
Em 2016, o PT amargou a não eleição de nenhum candidato a vereador, por conta dos escândalos nacionais revelados pela Operação Lava-jato. Sempre elegia bancadas de pelo menos dois vereadores, antes disso. Tenta se reconstruir e com a possibilidade de voltar à Prefeitura com Maria do Carmo, renovou seu quadro de lideranças e tem chance de voltar a ter dois vereadores na Câmara, ou até três, dependendo dos votos que amealhar. O nome que é tido como favorito a uma das vagas é do irmão de Maria do Carmo, ex-vereador e ex-deputado, o médico Carlos Martins. Pela segunda vaga, a disputa fica entre a cantora Priscila Castro e a conselheira tutelar Vita Rocha, ambas apoiadas pelo deputado federal Aírton Faleiro. Mas há também o fator “Tiririca” no partido, chamado Biga Kalahare, youtuber com fama nacional que pode turbinar os votos e até surpreender. Outras duas lideranças históricas do PT correm por fora: Milton Peloso e Iza Tapuia. Os demais não conseguem se encaixar entre os favoritos.
 

Republicanos – 10

O partido ligado à Igreja Universal tenta eleger seu primeiro vereador. A possibilidade existe e o nome mais forte na disputa é do enfermeiro Joziel, que já teve boas performances em eleições passadas. Fora esse, os demais nomes não são muito conhecidos, fora o d presidente do partido, pastor Angelo Kahwage, que pode surpreender.
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

PSC – 20
 
O partido que elegeu Reginaldo Campos em 2016, preso e condenado por corrupção na Operação Perfuga, tenta esquecer esse passado e aposta em várias candidaturas do meio evangélico, com a esperança de eleger pelo menos um vereador. Uma delas é o professor Marquinho, ex-PT, que virou bolsonarista ferrenho e amarga derrota atrás de derrota nos últimos pleitos. Mas há outro nome que pode surpreender, o enfermeiro Murilo Tolentino, da tradicional família de médicos e enfermeiros, liderados pela ex-vereadora Marcela Tolentino, sua mãe. Correndo por fora, há o nome do jornalista, também evangélico, Carlos Silva e do desportista Sandecley Monte, diretor do Tapajós Futebol Clube. Os demais nomes não têm tanta expressão para estar entre os favoritos.
 

PV – 43
 
Sem seu líder de vários mandatos (que tenta se eleger prefeito), Valdir Mathias, o PV deve eleger pelo menos um vereador. O nome mais forte é do atual vereador, André do Raio-X, que em 2016 estava no PSDC (atual DC). Outro nome com grandes chances é do empresário Baiano Celulares. Os demais nomes tem poucas chances de ascensão.
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

Avante – 70
 
Com um time modesto de candidatos, o Avante sonha em eleger pelo menos um vereador, nem que seja nas sobras de vagas. O nome mais expressivo do partido é o de seu presidente Elielton Rego Lira.

 
PTC – 36
 
Com um dos maiores times de vereadores, o PTC também tenta conseguir chegar ao parlamento municipal pela primeira vez. Mas a falta de um nome mais expressivo pode não ajudar nesse desafio. Talvez, numa sobra de vagas. O candidato a prefeito do partido, João "Massamix" Pingarilho (PSC), bem que podia ter divulgado seus candidatos como fez com seu nome que aparece em todo o lugar que o Ad Sense do Google pode chegar na internet, através do poderoso engajamento financeiro...

 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice


PSOL – 50
 
O professor Márcio Pinto, maior liderança do PSOL que já disputou 5 campanhas sempre com votação expressiva, tenta a única vaga que o partido sonha conseguir. Mas com 12 candidatos, de pouca capilaridade eleitoral, vai depender muito da performance de seu principal líder. Caso não alcance o QE, certamente Márcio ultrapassará os 10% previstos desse total para sonhar com uma vaga nas sobras.
 

PSB – 40
 
O partido do vereador Gaúcho Cebuliski pode ter de um a dois vereadores eleitos, sendo ele um dos favoritos para uma das vagas. O outro nome pode ser do ex-vereador Gerlande Castro. Os demais nomes não devem despontar entre os favoritos. 


PP – 11
 
O partido do vice de Maria do Carmo (PT), Bruno Figueiredo, e de seu pai o ex-vereador Osmando Figueiredo, quer eleger de um a dois vereadores. Os favoritos para as vagas são os atuais vereadores Mano Dadai (eleito pelo PRTB, em 2016) e Didi Feleol (eleito pelo PDT, em 2016). Os outros nomes são menos expressivos para tentar uma vaga, mas sempre pode haver uma surpresa.

 
PSL – 17
 
Em 2016, antes de Bolsonaro entrar no PSL, o partido conseguiu eleger seu primeiro vereador, Silvio Amorim, que acabou cassado em 2018. Mas seu suplente, Jackson do Folclore, deixou a sigla e foi pro PRTB. O empresário Paulo Barrudada, que assumiu a sigla se lançou candidato a prefeito e sonha em eleger pelo menos um(a) vereador(a), nem que seja nas sobras de vagas. Os favoritos para essa pretensa vaga são: a esposa do empresário, Fabrícia Barrudada, o delegado de polícia Herbert Farias, e o também empresário Aguinaldo Promissória.
 
PRTB – 28
 
O suplente de vereador Jackson do Folclore que assumiu a vaga de Silvio Amorim (PSL) em 2019, foi o menos votado entre os atuais vereadores em 2016 (648 votos), e tenta fazer o milagre de se eleger pelo novo partido. Juntou um bom número de candidatos, mas sem muita expressão, o que pode prejudicar seu projeto, até porque seu candidato a prefeito, Sargento Jesson, também não tem como ajudar a chapa de vereadores e deve ser o menos votado para prefeito.
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice


PODEMOS – 19
 
Podemos ou não podemos? Eis a questão. Quando era PTN, em 2016, o partido conseguiu a façanha de eleger dois vereadores: o delegado Jardel Guimarães e o atual presidente da Câmara, Emir Aguiar (hoje, no DEM). Agora, Jardel tenta a única vaga que o partido pode conseguir, caso alcance o QE, ou pelo menos nas sobras de vagas. Os demais nomes do partido tem pouca expressividade para ajudar nesse objetivo.
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

CIDADANIA – 23
 
O antigo PPS, que já foi uma sigla média em Santarém, perdeu o único vereador que elegeu em 2012 e 2016, Dayan Serique, expulso pelo presidente estadual Arnaldo Jordy por infidelidade na campanha de 2018. Nessa campanha, o partido tenta se renovar, mas sem nenhum nome de grande expressão que possa ajudar a garantir uma vaga. Possivelmente não elegerá nenhum de seus candidatos, salvo se conseguir que um deles tenha votação acima dos 10% do QE e possa sonhar com uma vaga nas sobras.
 

PDT – 12
 
Depois de surpreender em 2016 elegendo um vereador (Didi Feleol), o PDT perdeu seu único representante e a força que teria para repetir o feito. Sem nomes mais expressivos, sonha, assim mesmo, em eleger pelo menos um vereador nem que seja nas sobras de vagas.
 
Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

PMB – 35

Com o maior número de candidatas mulheres, para fazer jus ao nome, talvez não seja ainda este ano que o PMB eleja um(a) vereador(a). Se tiver muita sorte pode conseguir uma vaga nas sobras. O nome mais expressivo do partido é seu presidente, homem, o bancário Pedro Paulo Siqueira, veterano nas disputas para uma vaga na Câmara, porém sem êxito.

Candidato(s) com número em vermelho está(ão) impugnado(s) e concorre(m) sub júdice

E aqui terminam as projeções pra esse ano. Como sempre digo: não sou dono da verdade, mas tento me aproximar dela. Feliz votação...


3 comentários:

Anônimo disse...

Camarada vc é um grande jornalista!!tudo que fazes é com dedicação e prazer, Parabéns pelo grande homem que és...

ELIANA MARA disse...

Super interessante, só espero que algumas projeções aí não aconteçam.
E que comece o mimimi...

Unknown disse...

Bravissimo! Parabens pelo trabalho. 👏👏👏