Era uma sexta-feira, 25 de maio
de 1984. Faltavam menos de dois meses para eu completar 21 anos. Cheguei à
garagem da Rádio Rural com minha velha Mobylette Caloi cor de prata (uma
motoneta que havia ganhado de meu pai, no Natal anterior) e perguntei onde era
a sala de um tal Eriberto Santos.
Meu corpo – à época com pouco
mais de 60 quilos, hoje é quase o dobro – tremia muito, num misto de paúra e
excitação. Ia me apresentar para um teste de repórter da maior emissora de rádio
da região. No ano anterior, durante alguns meses, tinha tido a experiência de
produzir e apresentar na emissora o programa dominical Momento Sindical, do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, junto com a futura reitora da Ufopa,
Raimunda Monteiro. No programa não havia participação ao vivo, apenas
gravações, mas todos que me conheciam dos movimentos sociais (onde atuava como
militante) diziam que eu levava jeito pra coisa e me incentivaram para tentar a
vaga.
“Meu nome é João Georgios Ninos,
e soube que vocês têm uma vaga para repórter”, balbuciei ao Eriberto. Ele me
apresentou a outro rapaz do qual nem recordo o nome e com o qual disputaria a
vaga. Recebemos pautas e saímos para cumpri-las. “Quem chegar primeiro – disse,
rindo, o Eriberto – fica com a vaga”. No fim do dia, apesar de meus infortúnios
(que relatei de forma pitoresca no post http://goo.gl/lrc15R),
consegui a vaga! Começava ali minha saga de jornalista, no interior da
Amazônia!
Hoje comemoro essa data solitariamente,
sem muita pompa, fazendo aquilo que sempre gostei de fazer desde adolescente:
escrever. E escrevo neste maltratado blog, que parei de alimentar diariamente
(e com muitos intervalos e retornos), por conta de minhas atribuições como
servidor do Judiciário e auxiliar do juiz do Tribunal do Júri, que me toma
muito o tempo, desde que passei no concurso público em 2003. Mesmo atuando como
analista judiciário, não deixei de lado meu “Eu” jornalista. E sempre que
posso, deixo minhas palavras impressas em algum lugar, principalmente nas redes
sociais.
Repóorter magrinho em início de carreira. |
Entro de férias dentro de uma
semana e espero poder finalizar um livro que sempre anuncio, mas nunca consigo
terminar, com uma coletânea do que melhor escrevi nesses 30 anos de profissão,
em reportagens e crônicas, para publicar em julho, nos meus 51 anos de vida (e
quem sabe assistindo a vitória da seleção brasileira na final da Copa de 2014,
que acontecerá justamente no dia do meu aniversário!).
Mas enquanto o livro não sai,
faço aqui (quase no fim do dia) uma pequena análise pro meu ego e reparto com meus
poucos leitores, as impressões dessa jornada cheia de altos e baixos, que ajudou
de alguma forma a moldar meu senso crítico.
Um repórter engajado e
atormentado
Como disse no início do texto,
antes de trabalhar como repórter eu era militante do movimento popular. Um
pequeno-burguês que acreditava que mudaria o mundo. Foi no comércio de meu pai,
uma lanchonete que fazia sensação no centro da cidade (Nino-Lanche), que
conheci, em 1979, a então militante Raimunda Monteiro (atual reitora da Ufopa),
a eterna Raimundinha. E através dela acabei indo frequentar um grupo de jovens
que apresentava peças de teatro com temática engajada nos bairros da periferia
e questionavam a ditadura militar. Aos 16 anos, comecei a forjar um articulador
de movimentos sindicais, populares e estudantis, até me filiar a um partido que
surgiria em 1981, nascido exatamente destas lutas contra a ditadura: o Partido
dos Trabalhadores (PT).
Pelo talento (ou seria pela
porra-louquice?) que demonstrava sempre eram-me repassadas as funções de
registro dos acontecimentos do movimento, seja em atas ou em gravações
reproduzidas depois em panfletos. Por conta disso, participei de um mini-curso
para produção de boletins informativos do movimento e atuei em muitos dos que
foram criados à época, sendo o mais importante deles o da extinta Associação
dos Comerciários: O Talonário.
Foi com essa bagagem que cheguei
ao cargo de repórter. A Rádio Rural vivia naquele momento dos anos 1980, uma
mudança de direcionamento, dando maior espaço aos movimento populares em sua
programação, por conta da influência dos padres da chamada Teologia da
Libertação que passaram a ocupar a direção da emissora. Um ex-seminarista
chamado Dornélio Silva, que voltou de Belém para atuar na antiga Catequese
Rural (hoje Comissão Pastoral da Terra – CPT) e que tinha experiência em
comunicação, foi atuar no Setor de Jornalismo da Rural e seria fundamental para
a minha carreira.
Ao saber que seria aberta uma
vaga no setor, Dornélio procurou os líderes dos movimentos sindicais de
Santarém para saber se havia algum jovem que se moldasse à função, para que a
vaga fosse ocupada por alguém sensível às causas populares. Ninguém pestanejou
em apontar meu nome e logo fui chamado e desafiado a dar tudo de mim para
ocupar a vaga, como se fosse uma tarefa de luta. Naquele momento, ainda via a
chance como auto-afirmação de militante de uma causa, não como sacerdócio
profissional.
Depois de aprovado no teste,
percebi que o engajamento político me causaria problemas. Na emissora, muitos
colegas viravam o rosto pra mim, acreditando que eu tinha sido “indicado pelos
padres” (e eu não entendia o porquê da repulsa). Achavam até que eu era mais um
dos seminaristas que já haviam atuado no Jornalismo, mas mal sabiam que nunca
tinha nem frequentado igreja e que desde cedo decidi não ter religião alguma!
Foi aí que percebi que apesar de muitos padres pregarem a “opção pelos pobres”,
não cuidavam dos trabalhadores de sua própria emissora que reclamavam injustiças
diárias e salários baixos!
O pior é que os “companheiros” me
viam como um braço do movimento dentro da emissora, e encaminhavam líderes
sindicais para me levarem notícias. Eriberto Santos, sempre gozador,
encaminhava todos que chegavam para trazer informes das comunidades para o
“repórter do PT, lá no fundo da sala”... Ainda imaturo, não sabia reagir àquilo
tudo, ao mesmo tempo em que cada vez mais me convencia de que queria ser um jornalista
profissional, mas não tão engajado e nem tampouco omisso. Como fazer a
transição entre o engajamento partidário e a afirmação profissional?
Formadores de um repórter
Minhas angústias eram remoídas
nas noites de plantão, enquanto produzia o Jornal da Manhã. Dornélio Silva,
mais experiente, passou a ser meu interlocutor e solidificamos uma amizade que
dura até hoje. Chegamos a morar juntos e trocar confidências pessoais. Uma
amizade que ia além da ideologia. Mas outras pessoas foram importantes na minha
formação, naquele início de carreira e sou grato à elas até hoje.
O já falecido amigo Eriberto
Santos, sem dúvida, foi fundamental naquele início. Acreditou no meu potencial
desde o primeiro dia. Deu dicas preciosas e era o tipo do chefe dos sonhos:
deixava rolar e adorava manter um clima de euforia no departamento. Não me
lembro de ter levado qualquer “bronca” dele, mesmo quando cometia algum
deslize. Ao contrário, chamava pra uma conversa e dizia onde errei e como
deveria proceder. “Você é responsável pelo que faz”, dizia sempre. Isso atiçava
meu senso de disciplina adquirido na militância política, e fazia tudo para
evitar novos erros. Até hoje, nas experiências de chefia que tive, tentei usar
o mesmo estilo de Eriberto na condução das equipes que comandei, seja no
Jornalismo, seja na Justiça.
Poucos meses depois de estrear,
comecei a ousar em alguns textos e mostrei minha verve humorística, que
Eriberto adorou. O pessoal da Rádio começou a notar o talento que eu tinha com
as palavras, principalmente na cobertura da Câmara Municipal. Meus comentários
pela manhã misturavam notícia sobre vereadores e frases irônicas. Adorava
pinçar detalhes pitorescos das sessões e jogava no texto, como o desalinho de
um vereador com a roupa sempre amassada, os erros de português de outro, ou a mosca
que insistia em não deixar um terceiro vereador falar da tribuna. Pequenas
coisas que faziam meu texto ser “guerrilheiro” e atacar as “autoridades
constituídas”. Era a influência da leitura dos textos non sense do jornalista carioca Carlos Eduardo Novaes, do qual era
fã, além dos textos irreverentes da revista Casseta Popular e do periódico
satírico Planeta Diário (os autores destas duas edições se uniriam mais tarde
para escrever o roteiro do revolucionário programa TV Pirata, e anos mais tarde,
o Casseta & Planeta!). E isso começou a atrair inimigos contra mim...
Jota Ninos, Ormano Sousa e Manuel Dutra: pupilos e o mestre. |
O respeitável jornalista Manuel
Dutra, que tinha sido gerente da emissora e fazia o comentário diário do Jornal
da Manhã, um dia me encontrou no corredor da Rural e me elogiou pelos textos.
Daquele primeiro contato surgiu uma nova e sólida amizade que transformei na
relação de pupilo e mestre, até hoje. Dutra passou a me dar orientações e até
chamava minha atenção quando passava do ponto. Houve um episódio em que chegou
a me esculachar e dizer que eu tinha feito molecagem (outro dia dou
detalhes).
Mas não posso esquecer também da
contribuição de outras pessoas nesse início de carreira: o ex-redator gaúcho, o
falecido Sérgio Henn (sim, aquele da avenida mais perigosa do trânsito...) e Ismaelino
Soares (irmão de Santino Soares), com os quais também dividi madrugadas na
redação e que sempre buscavam frear minhas loucuras; as dicas para a reportagem
em campo me foram passadas pelo mais experiente dos repórteres da época:
Sampaio Brelaz; e finalmente, o amigo José Parente de Sousa, o Jota Parente, chefe
de programação da Rural, que sempre abalizou muitas das minhas loucuras no
jornalismo e me deu a chance de ser apresentador do Canta Brasil, programa com
músicas de MPB que ele produzia e apresentava nas tardes de sábado, e que eu
adorava. Dali, para apresentar o Bazar Brasileiro (criado em 1985) nas noites de domingo, foi um
pulo.
A gênese de um repórter polêmico
Quanto mais eu me embrenhava no
Jornalismo, mais eu me distanciava da militância política. A imaturidade de
algumas lideranças sindicais daquele período (tendo à frente meu grande mentor
nos movimentos sociais, Pedro Peloso – à época esposo de Raimundinha), me levou
à condição de proscrito nos movimentos sociais e até de “traidor da causa dos
trabalhadores”. Ao ponto de alguns até tramarem minha saída da emissora (que
ocorreria, finalmente, em 1986).
Mas apesar disso, comecei a
cunhar minha fama de “polêmico”, epíteto que incorporei ao meu nome de guerra.
Nas primeiras férias da emissora fui rever minha Belém, mas procurei os
radialistas que faziam sucesso. Santino Soares me levou à Rádio Liberal e me
mostrou como se faziam os programas policiais. O mais famoso à época era o do
Adamor Filho. Achei que podia fazer aquilo em Santarém, mas com outra roupagem.
Quando voltei, levei a ideia ao
gerente da emissora, Eduardo dos Anjos (hoje, meu colega como oficial de
Justiça), que não aprovou. Ele acreditava que Santarém não estava preparada
para um programa policial, até porque as ocorrências na delegacia eram poucas.
Dornélio me ajudou a convencê-lo mostrando que o programa teria uma abertura
para a população se manifestar, através de cartas, numa sequência que se
chamaria “Broncas do Povão”. Parente foi decisivo: “Acho que vai dar certo”.
Nascia ali o programa que viria a ser a maior audiência da emissora: o Plantão
da Cidade. Inicialmente era um programa de 15 minutos após o jornal do
Meio-Dia, que era apresentado por Oswaldo de Andrade. A apresentação
irreverente e a parceria com Clenildo Vasconcelos, que era programador musical,
era o tempero que faltava. Clenildo e os operadores de áudio que antes me
viravam a cara passaram a disputar o horário, pois eu dava liberdade para
criarem vinhetas que adicionassem humor. E as Broncas do Povão, segunda parte
do programa eram o maior sucesso. As reclamações eram as mesmas de hoje, falta
d’água, luz nos postes, buracos nas ruas. Mas eu aproveitava para desancar o
prefeito de plantão. Um deles foi Ronan Liberal (pai do vereador Ronan Liberal
Jr.) e outro viria se tornar meu maior inimigo: Ronaldo Campos de Souza, pai do
hoje radialista e blogueiro JK.
Criei o personagem Honestino
Honesto da Silva, personificado por Clenildo Vasconcelos, com sua irreverência
de imitar um velho caboclo do interior. Honestino era uma sátira contra os
políticos desonestos, já que era um demagogo de primeira. Eu fazia os textos e
Clenildo os interpretava ao vivo. O sucesso do personagem foi tão grande que
nas eleições de 1985, o lancei como candidato a prefeito e houve o registro de
pelos menos três votos (de protesto) nas urnas de papel! Mas Ronaldo Campos
venceu as eleições e eu passei a ser seu principal adversário. Até que em 1986
fui demitido, e muita gente logo atribuiu minha demissão à perseguição do
prefeito, mas eu sabia que nos bastidores o meu partido havia contribuído com a
demissão, por eu ter iniciado a criação de uma tendência partidária que se
opunha à direção de então. Mas isso é assunto pra outra postagem...
Repórter andarilho
A saída da Rural, no auge da
audiência, ajudou a construir a imagem do repórter andarilho, desde então.
Passei por várias empresas e sempre era demitido por injunções
político-partidárias, nunca por incompetência. Quando saí da Rural, reforcei a
sequência das Broncas do Povão criando outro personagem, o Broncolino
Bronqueado da Silva, que era interpretado por um jovem conhecido como Amadeu
dos Santos (irmão do Tadeu, famoso vocalista da Banda 5ª Dimensão). Broncolino
seria irmão de Honestino na minha ficção e era um caboclo que odiava os
corruptos como seu “irmão”, e como porta-voz da ira do povão passou a ser meu
alterego. Ao sair da Rural levei o personagem comigo para a recém-inaugurada
Rádio Tropical, do empresário Ubaldo Corrêa, onde criei o programa Comando
Tropical, que até um dia desses ainda estava no ar. Foram cinco meses intensos
nessa emissora, e acabei tendo a chance de trabalhar pela primeira vez na TV
Tapajós, já que Ubaldo era diretor dessa emissora (à época os Pereira e os
Corrêa ainda não haviam desfeito a sociedade).
Em 1986 vivi a experiência de
trabalhar no jornal O Tapajós, jornal que chegou a ter três edições semanais e
foi o primeiro completamente produzido e impresso em Santarém. Antes disso, já
havia tido uma experiência escrevendo alguns artigos sobre política no extinto
Jornal de Santarém, na gestão do falecido jornalista Arthur Martins. Demitido
da Tropical, mais uma vez por pressões políticas (desta feita por obra do
prefeito Ronaldo Campos), preparei meu retorno à Rural no ano seguinte. O
detalhe curioso é que na Tropical cunhei o apelido de “prefeito abelha” (quando
não está voando está fazendo cera) contra Ronaldo Campos por causa de suas
eternas viagens em busca de verbas que nunca chegavam, e isso era a coisa que
ele mais odiava, além das denúncias (o engraçado foi ver recentemente seu filho
JK usar a mesma expressão contra outros prefeitos da região, em seu blog...rs).
A briga com o prefeito
continuaria no meu retorno à Rádio Rural em janeiro de 1987. Só que um pedaço
de mim ficou na Tropical: o personagem Broncolino foi “confiscado” e eu bem que
poderia ter feito uma briga judicial por direito autoral, mas à época nem
liguei pra isso. Na Rural, meu programa continuava, mas já não era o mesmo. Eu
precisava resgatar sua credibilidade. Passaram-se cinco meses, até que ocorreu
o episódio dos sacos de cimento e da invasão do prefeito ao estúdio, como já
contei em outra postagem: http://goo.gl/BSaEiX.
Estava restabelecida a sina do repórter polêmico.
Mas esse episódio me deu medo,
pelas ameaças anônimas que recebi. Meu pai providenciou minha ida à Grécia para estudar,
com medo que eu fosse mais uma vítima de pistoleiros, que agiam
despudoradamente na região. Em 1988 fui para minha segunda Pátria e passei três
anos lá. Tive a primeira experiência como correspondente internacional, primeiro
escrevendo artigos para O Tapajós e depois para o semanário recém-criado (1989)
Gazeta do Tapajós, dos irmãos Carneiro (Jeso e Celivaldo), dos quais sou amigo
até hoje.
O retorno do filho pródigo
Sérgio Henn, Jota Ninos, Edinaldo Mota e Eriberto Santos: Assessoria de Comunicação da PMS (1997) |
Em 1997, entrei para o mundo do
marketing político, estreando como marketeiro e ajudando a eleger o então
deputado Lira Maia por dois mandatos! Nesse período, atuei como chefe da
Divisão de Comunicação e Marketing na gestão Lira Maia, sob a coordenação do
amigo Sérgio Henn, com quem me reencontrei durante a campanha (ele era assessor
de Alexandre Von); em seguida fui parar na assessoria de comunicação da Câmara
Municipal auxiliando entre 1997/2001 os presidentes Mário Feitosa (PMDB) e
Osmando Figueiredo (PDT); criei a empresa Lexis Marketing e Pesquisas
(1998/2001) e fui sócio da produtora Set Light com Celia Henn e Paulo Tihammer.
Voltei ao jornalismo como
correspondente do extinto jornal A Província do Pará (1999/2000) e nesse mesmo
período trabalhei com Miguel Oliveira na instalação do jornal Província do
Tapajós (que depois se tornaria O Estado do Tapajós, hoje só em versão online);
em 2001 ingressei na TV Tapajós, a convite de Vânia Maia, assumindo a chefia do
departamento de Jornalismo até 2003, quando passei no concurso do Tribunal de
Justiça do Pará (TJPA), atuando inicialmente em Ananindeua. Nesse período convivi com colegas como Suelen Reis e Claudenice Lopes, que ainda hoje mantém a filosofia de trabalho que construímos juntos naquele período. Também vivi uma grande parceria com os amigos Grazziano Guarany, na criação do portal NoTapajós (hoje G1 Santarém) e com Nélson Mota e Pedro Liberal, na criação do programa Meio-dia em Ponto, da 94 FM, que até hoje está no ar.
Ao retornar a Santarém em 2004,
tentei várias vezes atuar no jornalismo. Primeiro criando este blog e depois, a
convite de Vânia Maia amiga de Jader Barbalho Filho, assumi por alguns meses a sucursal do Diário do Pará e
lancei o encarte Diário do Tapajós (assumido depois pelo casal José Ibanês e Albanira
Coelho); voltei a trabalhar na TV Tapajós, como chefe de Comunicação
Corporativa e assessor de Comunicação da empresa, por um curto período em 2006.
Em 2007 voltei a apresentar o
Bazar Brasileiro na Rádio Rural, atuando algumas vezes como comentarista nas
eleições, sempre a convite de meu "líder espiritual" (rs) Edilberto Sena. O programa saiu do ar em 2009 e retornou em 2011, saindo novamente em
2013. Atualmente renegocio novo retorno ao programa que é meu xodó.
Com a falta de tempo, tenho
colaborado com vários blogs ou como free lance em revistas e jornais, sendo o
mais assíduo o blog do amigo Jeso Carneiro. Desde 2006, colaboro como assessor
de imprensa informal do Judiciário, sendo liberado pela presidência do TJPA a
produzir relises para o site do TJ e recentemente para a Rádio WebJus, no qual
colaboro inclusive com boletins gravados.
Sindicalismo nas veias
A velha experiência com
movimentos sindicais foi providencial na organização dos trabalhadores da
comunicação. Em 1986, aquela insatisfação que víamos nos olhos dos colegas da
Rural, se transformou em algo sólido, com a criação (um ano depois) da
Associação dos Radialistas de Santarém, agregando colegas de várias emissoras
como os irmãos Adilson e Adélson Sousa. Elegemos Dornélio Silva nosso primeiro
presidente e eu fui vice. Depois que Dornélio e eu viajamos, Adélson Sousa
assumiu e junto com Augusto Sousa (atual presidente), fundaram o Sindicato dos
Radialistas em 1988. Colaborei com quase todas as diretorias do Sindicato,
principalmente nas presidências de Ormano Sousa (1990/1994), Paulo Tihammer
(1994/1996), Ronei Oliveira (1996/1998) e Rosa Rodrigues (1998/2000). A partir
daí me afastei das atividades.
Em 2006 entrei para a 1ª turma de
comunicação social, coordenada por Manuel Dutra, no Iespes – Instituto Esperança
de Ensino Superior. Formados em Jornalismo em 2010, recebemos a incumbência de
tentar mais uma vez a instalação de uma delegacia regional do Sinjor –
Sindicato dos Jornalistas do Pará, agora com o nome de Diretoria Regional,
sendo empossado em 2012 pela atual presidente Sheila Faro com mais quatro colegas: Rosa Rodrigues, Minael Andrade, Ednaldo Rodrigues e Ronilma Santos. Mas de lá para cá,
apesar de várias reuniões e conversas pela internet, não conseguimos o objetivo
de filiar os quase 100 jornalistas já diplomados aqui, e a maioria nem poderá
votar nas eleições do Sinjor que vão ocorrer em junho, o que pra mim foi uma
frustração. O envolvimento de todos os membros da diretoria com o curso de especialização da Ufopa, foi um dos motivos de não se dedicar com maior empenho na tarefa. Mas uma comissão de jovens jornalistas, liderados pela colega Ronilma Santos trabalha para finalizar esse
doloroso processo, no qual ainda pretendo colaborar, se for possível.
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Neste dia em que completo 30 anos
de Jornalismo, só pude terminar o texto agora à noite, porque aguardava o
nascimento da nova filha, Nicole, mas que decidiu não sair para ser meu grande
presente nesta data...
E que venha a madrugada e
continuarei esperando a pequerrucha, e quem sabe outros trinta anos (rs)...
6 comentários:
Parabéns. Bela historia de vida. Não sou seu inimigo. Apenas não compactuo de alguns pensamentos seus assim como vc dos meus. Mais o mundo é assim. Espero está vivo pra ler seus 50 anos de jornalismo. Valeu
Caro JK, nunca disse que sou seu inimigo. Muito pelo contrário, acho que conseguimos manter um respeito mútuo por um bom tempo, apesar do meu passado de confrontos com seu pai. Essa mesma amizade privo com outros membros da família que no passado estiveram ligados aos episódios já relatados, no caso seus tios os advogados Zé Ronaldo e Birinha, com os quais tenho uma boa relação.
Você sabe bem que os problemas surgidos em nossa relação tem a ver com movimentações políticas no meu partido das quais não concordei, e que você foi apenas uma peça no tabuleiro mexida indevidamente.
Externei minha indignação nas redes sociais com a forma como essa mexida foi feita e você vestiu a carapuça e demonstrou uma certa belicosidade sobre o tema, talvez por inexperiência.
Eu, em nenhum momento ataquei sua pessoa, mas outras pessoas tentaram criar esse confronto entre nós. Até hoje aguardo o desfecho dessa história.
Obrigado pelas suas palavras e espero que continue amadurecendo seu trabalho como blogueiro e agora como radialista.
Valeu Ninos "Gorgius". Parabéns.
PARABÉNS COMPANHEIRO!
QUE DEUS LHE CONCEDA SABEDORIA PARA QUE CONTINUE LEVANDO A INFORMAÇÃO À POPULAÇÃO QUE MUITO PRECISA DE SEUS CONHECIMENTOS. FELICIDADE!
Obrigado Dufray e Amaral.
Parabéns mano. Vc é o cara...
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