Foram três dias extenuantes de um júri tenso, com depoimentos bombásticos sobre uma lista da morte, e que para muitos significou a virada de mais uma triste página da recente história de Santarém.
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Há nove anos trabalho organizando sessões do tribunal do júri, em Ananindeua e Santarém, desde que me classifiquei através de concurso público no TJE. Este talvez tenha o sido o mais tenso de todos, por conhecer muitas das pessoas envolvidas, ter convivido com elas, de ambos os lados. Admirava a vítima, Walter Cardoso, assim como conhecia o Raimundo Messias, o "Dinho", que foi condenado como um dos mentores da trama que levou à morte do professor e advogado (coincidentemente, dentro de duas semanas acontecerá um julgamento em Itaituba do empresário acusado de ter matado Dinho há uns nove anos!). E Dolzanis, além de ser casado com uma prima da ex-mulher - o que me proporcionou vários encontros em família anos atrás - teve, antes disso, uma grande relação profissional comigo quando foi o primeiro a patrocinar meu programa de policial na Rádio Rural, nos anos 1980.
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Mas no judiciário não quero fazer da polêmica meu fio condutor. O advogado que tentou me calar durante o julgamento, já é contumaz em atitudes atabalhoadas. Eu sou autorizado pela presidência do TJE, desde o desembargador Milton Nobre, a atuar na cobertura dos eventos do Judiciário e nunca opinei sobre estes eventos. E também faço poesia sobre esta atividade que me fascina, da mesa em que sento no salão do tribunal, como a que me deu o primeiro prêmio do último festival de poesia do município em 2010 (leia AQUI). Afinal, o Judiciário precisa de transparência em seus atos, e não da truculência de outros tempos ditatoriais.
E falando em arte, logo mais vou tomar uma overdose de música com minha nova musa Paula Fernandes (muito bem acompanhado), e me concentrar para outra overdose musical amanhã à noite, no meu programa de rádio Bazar Brasileiro, pela Rádio Rural, onde comemorarei mais um ano de apresentação deste espaço de MPB nas ondas AM, destacando a vida e a obra do meu grande ídolo Chico Buarque de Hollanda.
Nada melhor do que Chico para calar a truculência de quem tem medo da informação...
7 comentários:
Sr. Ninos estava no Tribunal do Juri quando aconteceu aquele incidente. Aprovei e aprovo a atitude do Dr. Luis Alberto, afinal o senhor estava em horário para atualizar o seu bloc, pode? o Tribunal ainda autoriza? REALMENTE QUANTO MAIS ACREDITAMOS NA JUSTIÇA MAIS NOS DECEPCIONAMOS.
Sr. Anônimo, se você realmente sabe ler, deve ter visto o que escrevi acima:
"Eu sou autorizado pela presidência do TJE, desde o desembargador Milton Nobre, a atuar na cobertura dos eventos do Judiciário e nunca opinei sobre estes eventos".
Quando souber ler e tiver coragem de dizer seu nome poderemos debater sobre isso. Só respondi agora em respeito à sua incapacidade de fazer uma leitura completa. Abs.
Esse júri realmente chamou atenção. Primeiro pela insistência do Advogado Luiz em atacá-lo, quando deveria focar na defesa do cliente. Esse advogado, que mais parecia um animal acuado, queria aparecer a qualquer custo, e o usou nessa tentativa. Parabéns a você pela postura de não responder a tais ataques, e ao Juiz que presidia a sessão pela polidez no "chega prá lá" dado no tal advogado. Horrível a descortesia do Promotor Bufão, em várias ocasiões, e linda a manifestação do Dr. Wilton, quando vestiu a beca, e o pito dado no Promotor pelo Advogado Benones. Divulgue novos júris e não dê bola para os enciumados.
Se o Sr. é autorizado pelo
Tribunal pq parou de postar depois que o Advogado Pixica questionou e o Dr. Juiz disse que não sabia?
Blog excelente. Estou lendo aqui de Paragominas. Conheci hoje seu blog através do blog Parsifal Pontes. O Parsifal sempre divulga os blogs dos colegas. Já salvei este nos favoritos. O senhor está de parabéns.
Também concordo com vc anônimo. Seu blog é um show, CONTINUE SENDO: Analista, Jornalista e esse Poeta romântico que tem dentro de vc.
Louise Conture
Acho que não estavas no juri, pois o Dr. Luis Alberto Fez uma defesa irretocavel de seu cliente, inclusive observando várias irregularidades que ocorre durantes ojuri em Santarém, como a do nosso amigo J.Ninos, isso é bom pois se começarmos a reconhecer nossos erros e não mais cometermos, o mundo pode ser melhor. Beijos Floriano Martins.
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