Há quase três meses sem atualizar o blog, por causa de diversos afazeres profissionais, vinha preparando uma nova reestréia para esse período de campanha eleitoral com a reedição do meu “Manual para Eleitores Incautos”, versão 2008 (a exemplo do que fiz nas eleições de 2006).
Acabei me envolvendo com uma consultoria política e, só hoje, no dia das eleições, passo a postar os textos que havia preparado a partir de minha experiência de atuação nos últimos 26 anos em eleições municipais, seja como militante partidário, seja como jornalista, seja como assessor de comunicação, seja como “marqueteiro político” ou seja ainda, como consultor político.
As informações contidas em meu “Manual” baseiam-se em dados estatísticos a partir de resultados eleitorais e de levantamentos em sites especializados em política e eleições. As anotações foram preparadas para minha participação hoje, pela Rádio Rural, no trabalho de apuração dos votos, que começa logo que o trabalho nas seções eleitorais acabar.
Espero que os textos ainda sirvam como fonte para aqueles que vão às urnas hoje, votar consciente.
Candidatos a prefeito e vereadores – comparativos com 2004
Todos já estão cansados de saber que são quatro os candidatos à prefeitura de Santarém este ano:
Maria do Carmo, promotora pública, que concorre à reeleição numa coligação de 12 partidos (PT-PMDB-PR-PDT-PPS-PSB-PRB-PTB-PMN-PP-PSC-PcdoB), chamada “A Mudança Vai Avançar”. Seu vice é o ex-secretário municipal de Transportes José Antonio Rocha (PMDB);
Nomes que mais se destacam com chances de se eleger à Câmara
Essa lista é um palpite meu, após um estudo sobre as coligações e os nomes que se sobressaíram nas campanhas. Não vou afirmar que estejam eleitos, mas com possibilidades em relação aos outros. Os nomes surgiram a partir de observações minhas e de conversas com outras pessoas que tem experiência em política.
Inicialmente, é bom frisar que o quociente eleitoral deste ano deve ficar acima de 11 mil votos. Assim, analisando os partidos e coligações, posso afirmar categoricamente que o PSOL, o PRTB e o PTC não vão eleger nenhum vereador, exatamente por terem poucos candidatos e em sua maioria inexpressivos, sem condição de alcançar o quociente eleitoral. Os demais partidos e coligações, pelas minhas projeções, teriam os seguintes resultados:
A “Coligação PSDB/PSDC” corre o risco, também, de não eleger nenhum candidato. Em 2004 elegeu dois vereadores, que não estão concorrendo este ano. Mas se alcançar o quociente, elegeria pelo menos um vereador. Os mais cotados para a única vaga seriam o ex-vereadores Osvaldo de Andrade, Marco Aurélio e Chiquinho da Umes, correndo por fora a professora Terezinha Pacheco, todos do PSDB. O PSDC não tem nomes com expressão para contrapor os já citados;
A “Coligação PP/PSC/PCDOB/PTB” é outra que corre o mesmo risco da coligação anterior, mas por ter nomes mais expressivos pode conseguir eleger pelo menos um vereador. Os mais cotados são Gerlande Corrêa Castro e Silvio Amorin (PP) e Geovani Aguiar (PSC). PTB e PC do B não têm nomes que possam fazer frente aos já citados;
A “Coligação DEM/PV” deve eleger um a dois vereadores. Uma terceira vaga é quase remota. Os mais cotados são: Erasmo Maia, Henderson Pinto e Anaelson Carrolino (DEM) e Valdir Matias Jr. (PV).
A “Coligação A Santarém Que Você Quer” pode eleger dois ou três vereadores. Uma quarta vaga é remota. Os mais cotados na disputa são o médico Nélio Aguiar (PMN), o vereador Reginaldo Campos e o ex-vereador Laudenor Albarado (PSB). Outros nomes não tem tanta expressividade, mas podem ocorrer surpresas.
A “Coligação Santarém em Desenvolvimento”, é uma das mais fortes e com mais nomes na disputa. Deve eleger três a quatro vereadores. Os mais cotados são: Emir Aguiar (PR), Professora Farias, Rivelino Mota e Ivete Bastos (PT). Correndo por fora, mas com grandes chances vêm mais quatro candidatos do PT: Cassiano Amazonas, Bárbara Matos, Milton Peloso e Carlos Jaime. Com menor chance a vereadora Odete Costa.
O PDT deve eleger apenas um vereador, e os mais cotados são a vereadora Marcela Tolentino e o bacharel em Direito Bruno Pará. Correndo por fora, o ex-vereador Evandro Cunha.
O PMDB deve eleger dois ou três vereadores. Na disputa estão José Maria Tapajós, Maurício Corrêa e Erlon Rocha. Correndo por fora, mas com chances remotas, Manoel Diniz e Ronan Liberal Jr.
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A eterna indigesta sopa de letrinhas e de números
O historiador Voltaire Schilling diz que “oficialmente, os partidos políticos já existem no Brasil há mais de cento e sessenta anos. Nenhum deles, porém, dos bem mais de duzentos que surgiram nesse tempo todo, durou muito. Não existem partidos centenários no país, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos, onde democratas (desde 1790) e republicanos (desde 1837) alternam-se no poder. E o motivo disso, dessa precariedade partidária, da falta de enraizamento histórico dos programas nas camadas sociais é a inconstância da vida política brasileira” (Site Educaterra). Os primeiros partidos, diz ele ainda, surgiram exatamente em 1837, ainda no Segundo Reinado e representavam os conservadores (Saquaremas) e os liberais (Luzias).
Atualmente, estão registrados junto ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela organização eleitoral no Brasil, 29 agremiações partidárias que formam uma grande “sopa de letrinhas e de números”. Do histórico PMDB ao novíssimo PSOL, são 27 anos de uma história de pluripartidarismo iniciada durante o último governo militar após o processo de abertura política do presidente João Figueiredo que trouxe de volta ao Brasil diversos exilados políticos. Eles representam tendências ideológicas da ultradireita à ultra esquerda, mas é quase um consenso de que não precisaríamos mais que dez partidos para isso, o que significa que a grande maioria não passa de legendas de aluguel, utilizadas para fins eleitoreiros e esquemas de corrupção. Abaixo um pouco do histórico dos partidos que participam das eleições em Santarém, este ano:
O Partido Republicano Brasileiro (PRB-10) foi fundado por bispos da Igreja Universal depois que alguns deputados de sua bancada evangélica se envolveram nos dois últimos escândalos nacionais. A figura mais ilustre deste partido é o atual vice-presidente do Brasil, José Alencar, que compõe mais uma vez a chapa de Lula. Em Santarém, concorre pela primeira vez com apenas um candidato a vereador.
O Partido Progressista (PP-11) foi o antigo “maior partido da América Latina”, braço da Ditadura. Depois de diversas “cirurgias políticas” e de perder grandes lideranças como Sarney e ACM para o PFL que não aceitavam o domínio do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, denominou-se PPR e PPB até chegar ao minúsculo PP, fundado em 16.11.1995, mas ainda mantém a mesma cara malufista, embora esteja envolvido em novos escândalos financeiros como o do Mensalão e das Sanguessugas. É um partido à direita, mas que tenta sobreviver à sombra de quem está no poder (inclusive o PT, que já foi seu arqui-inimigo). Um dos líderes do partido em Santarém é o vereador Luiz Alberto.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT-12) surgiu uma semana depois do PTB, quando o então ex-exilado Leonel Brizolla perdeu aquela sigla para a deputada Ivete Vargas. Remanescente do getulismo, Brizolla queria ser um novo caudilho nacional e fundou o PDT com um viés socialista, diferente do trabalhismo getulista. Até sua morte, o PDT era um partido com a cara do Brizolla. Hoje, meio sem identidade, tenta sobreviver na selva de siglas e encontrar um novo referencial ideológico. Em Santarém, o comando do PDT desde 1992 é do advogado e empresário Osmando Figueiredo.
O Partido dos Trabalhadores (PT-13) foi a maior surpresa no cenário pós-Ditadura. Foi fundado em 11.02.1982, tendo como base o crescente movimento sindical brasileiro, foco da resistência popular à Ditadura. Com um líder carismático, o ex-metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil e um discurso que evoluiu da ultra-esquerda ao centro , chegou ao poder mas sofreu um grande revés em seu principal patrimônio: a credibilidade. Envolvido no chamado Escândalo do Mensalão, perdeu o charme de partido da honestidade. É o partido da atual prefeita de Santarém, Maria do Carmo.
O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-14) ressurgiu em 03.11.1981 tentando resgatar a imagem de seu maior líder, o ditador Getúlio Vargas. Foi exatamente a sobrinha-neta dele, a falecida deputada Ivete Vargas que refundou o populismo trabalhista, transformado numa legenda recheada de líderes empresariais que tem defendido a participação política mais constante da iniciativa privada na vida pública. É um dos partidos que sempre esteve envolvido em escândalos nacionais, a maioria deles com as digitais do já cassado deputado Roberto Jefferson. Em Santarém, o PTB pela primeira vez tem uma representação pífia na disputa pela Câmara municipal com apenas dois candidatos, demonstrando que encontra-se quase em decadência em relação a outros anos quando chegou até a disputar a prefeitura e ter deputado federal eleito por dois mandatos.
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB-15) foi fundado em 30.06.1981 e nasceu sob as bases do histórico MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido que representava a oposição ao regime militar implantado no Brasil entre 1964/1984, e se consolidou com a eleição (ainda de forma indireta) do primeiro presidente civil pós-Ditadura (Tancredo Neves, que morreu antes de assumir). Conhecido como “guarda-chuva das esquerdas” durante a Ditadura, o PMDB passou a ser uma colcha de retalhos formada hoje em sua maioria por políticos de centro, oligarquias regionais e muitos oportunistas de plantão. É ainda o partido com a maior representação em todo país, organizado em todos os municípios e comandando a maioria deles. Desde o fim do regime militar, vive à sombra do Poder compondo ou ajudando a derrubar os presidentes eleitos neste período democrático. Quando não elege os líderes regionais, coopta, ou seja, atrai esses líderes usando a pressão de suas bancadas legislativas. Santarém já assistiu, em sua recente história política, pelo menos dois casos de prefeitos eleitos por outras siglas que no meio do mandato acabaram cedendo à essa pressão. No Pará, tem um de seus maiores líderes nacionais, o deputado federal Jader Barbalho. Em Santarém tem como principais líderes o deputado Antonio Rocha e o atual vereador Ruy Corrêa.
O Partido Socialista Cristão (PSC-20) foi fundado em 15/05/1985 e é um partido com pouca expressão nacional, mas que tem crescido nos últimos anos. Em Santarém tem como um de seus líderes o ex-vereador Geovane Aguiar.
O Partido da República (PR-22) surgiu da fusão do PL e Prona. Nasceu defendendo a reforma tributária e o fim da intervenção econômica do governo. Pautado nos ideais liberais do falecido deputado carioca Álvaro Valle (PL), defendia uma maior seleção de seus quadros, inclusive com um “vestibular para os candidatos”, mas foi derrotado pelo pragmatismo e acabou invadido por líderes religiosos evangélicos, até se envolver nos dois últimos grandes escândalos nacionais (Mensalão e Sanguessugas), que o levaram à fusão para renovar a sigla. Em Santarém, as principais lideranças do partido são o ex-deputado federal Hilário Coimbra e o vereador Emir Aguiar
O Partido Popular Socialista (PPS-23) foi fundado em 19.03.1992 e sobre as ruínas do antigo PCB – Partido Comunista Brasileiro, fundado 70 anos antes. Aproveitando os ares de redemocratização do leste europeu, pós-queda do Muro de Berlim, surge um novo partido que tenta manter a filosofia socialista, mas sem os velhos jargões utópicos. Aproxima-se do socialismo real europeu, que predomina em países como Espanha e França. Aos poucos os PPS adquire hábitos mais ao centro, e namora com a social democracia, não diferindo o discurso do PSDB, do qual inclusive tem sido um grande aliado. Em Santarém é liderado pelo músico Guilherme “Taré”.
O Partido Democratas (DEM-25/antigo PFL) foi fundado em 11.09.1986 defendendo a doutrina do liberalismo econômico. Seus principais líderes eram remanescentes do partido de sustentação do regime militar, o antigo PDS, e haviam se rebelado contra o malufismo que dominou a antiga sigla, quando o ex-governador Paulo Maluf usou de seus métodos aliciadores para tentar chegar à presidência da República. O PFL representa hoje um dos setores mais reacionários e conservadores da política nacional, mas não tem tido poder suficiente para se impor no cenário nacional, o que o leva a depender de outras forças partidárias, ora o PMDB, ora o PSDB. A representação do adesismo demo é a figura do falecido cacique baiano Antonio Carlos Magalhães (ACM). Em Santarém é liderado pelo deputado federal Lira Maia
O Partido Social Democrata Cristão (PSDC-27), fundado em 30/03/1995, pelo ex-deputado constituinte José Maria Eymael. Disputa a primeira eleição este ano em Santarém.
Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB-28), foi fundado 27/11/1994, a partir da fusão com de dois partidos o PRT e o PST. Tem como líder local o microempresário e candidato a vice-prefeito Carlos Yassin.
o Partido da Mobilização Nacional (PMN-33) foi fundado em 21/04/1984 e tem um amplo viés nacionalista. Surgiu em Santarém há dois anos e esta é a primeira disputa municipal em que se envolve. Tem à frente o médico Nélio Aguiar.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB-40) foi refundado em 01.07.1988, já que também havia existido antes do getulismo. Tem sido a sombra do PT desde a primeira disputa nacional em 1989, quando ainda era liderado pelo ex-governador pernambucano Miguel Arraes. Nos últimos anos rendeu-se ao pragmatismo partidário e começou a aceitar lideranças regionais que de socialistas não tem nada, como Ciro Gomes, empresário e político cearense que saiu passou pelo antigo PDS, pelo PSDB e pelo PPS, já como ministro de Lula. O PSB também foi envolvido no escândalo das Sanguessugas e no Pará seu maior líder, o ex-senador Ademir Andrade, responde a um intricado processo de suposta corrupção na CDP (Companhia das Docas do Pará) que estava sob seu comando (escândalo pelo qual chegou a ser preso). Em Santarém, o principal líder é o vereador Reginaldo Campos.
O Partido Verde (PV-43), que tem com um de seus eternos líderes o jornalista e ex-guerrilheiro Fernando Gabeira, por exemplo, é fundado em 30.09.1993, a partir do crescente movimento ambientalista brasileiro pós-Eco/92, o grande evento realizado em nosso país em que o debate ecológico entrou em cena. Foi um passo para criar aqui, um partido de tendência ecológica aos moldes europeus, mas seu ideário fica muito distante da vanguarda ambientalista da Europa e hoje não passa com pouca expressão. É liderado em Santarém pelo economista e vereador Valdir Matias Júnior.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB-45) é outro partido surgido após a promulgação da última Constituição Brasileira. Em 24.08.1989, antigos líderes peemedebistas com tradição de centro esquerda, como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mário Covas, divergem do pragmatismo peemedebista e criam um partido que pretende trazer para o Brasil o socialismo democrático, que na época imperava na Europa e era apontado como uma solução menos traumática que o socialismo utópico petista. Na primeira eleição a presidência, com Mário Covas, o partido não tem boa performance e se alia ao PT no 2º turno contra Fernando Collor. Mais tarde, alia-se ao liberalismo do PFL e consolida sua liderança nacional em dois mandatos de FHC (1994/2002), tendo como principal trunfo a estabilização monetária e a criação do Real. Seu discurso fica cada vez mais liberal, o que o afasta do socialismo democrático europeu e o aproxima do liberalismo conservador da ex-dama de ferro da Inglaterra, Margareth Thatcher. Com a ascensão do PT ao poder, assume um discurso ainda mais raivoso e direitista. Em Santarém, é liderado pelo deputado estadual Alexandre Von
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-50) foi fundado em 15/09/2005, quando ex-lideranças do PT foram expulsas por não aceitar os novos rumos do partido em direção ao centro. A maior líder desse grupo é a senadora alagoana Heloísa Helena, que arregimentou vários deputados que se afinavam ao seu discurso e que representavam algumas alas de ultra-esquerda dentro do PT. Disputa sua primeira eleição, tentando se impor como uma nova alternativa de esquerda, mas seu discurso é tão arcaico quanto o dos demais partidos nanicos de esquerda, fósseis de um marxismo utópico e irresponsável. Tem como referências em Santarém o candidato a prefeito Márcio Pinto e o estudante Maike Vieira.
O Partido Comunista do Brasil (PC do B-65) surgiu oficialmente em 23.06.1988, mas já existia há décadas. Nascido de uma divergência do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), viveu na clandestinidade durante a Ditadura e consolidou-se nas ruas dos centros urbanos através de ações armadas espetaculares como o seqüestro de um embaixador americano. Hoje é um partido-satélite do PT e se posiciona cada vez mais à centro-esquerda. Até o momento não teve o nome de nenhum de seus líderes envolvido em grandes escândalos nacionais. O presidente da Câmara Federal, deputado Aldo Rebelo, é o seu maior líder. Em Santarém surge este ano, mas não tem nenhum líder reconhecido até o momento.
Acabei me envolvendo com uma consultoria política e, só hoje, no dia das eleições, passo a postar os textos que havia preparado a partir de minha experiência de atuação nos últimos 26 anos em eleições municipais, seja como militante partidário, seja como jornalista, seja como assessor de comunicação, seja como “marqueteiro político” ou seja ainda, como consultor político.
As informações contidas em meu “Manual” baseiam-se em dados estatísticos a partir de resultados eleitorais e de levantamentos em sites especializados em política e eleições. As anotações foram preparadas para minha participação hoje, pela Rádio Rural, no trabalho de apuração dos votos, que começa logo que o trabalho nas seções eleitorais acabar.
Espero que os textos ainda sirvam como fonte para aqueles que vão às urnas hoje, votar consciente.
Candidatos a prefeito e vereadores – comparativos com 2004
Todos já estão cansados de saber que são quatro os candidatos à prefeitura de Santarém este ano:
Maria do Carmo, promotora pública, que concorre à reeleição numa coligação de 12 partidos (PT-PMDB-PR-PDT-PPS-PSB-PRB-PTB-PMN-PP-PSC-PcdoB), chamada “A Mudança Vai Avançar”. Seu vice é o ex-secretário municipal de Transportes José Antonio Rocha (PMDB);
Lira Maia, engenheiro agrônomo, que tenta um terceiro mandato numa coligação de 4 partidos (DEM-PSDB-PV-PSDC) com o nome de “Coligação do Povo”. Seu vice é o também enegenheiro agrônomo e vereador Luiz Otávio Macêdo;
Joaquim Hamad, piloto de aviação que já disputou campanhas de vereador e deputado federal e se apresenta numa coligação de apenas 2 partidos (PTC-PRTB) com o nome de “Renova Santarém”. Seu vice é o microempresário Carlos Afonso Calassina Yassin;
Márcio Pinto, professor e bacharel em Direito atuando no Fórum de Santarém, além de presidente licenciado do Sintepp/Santarém (Sindicato dos Professores Estaduais), que lidera o PSOL sem coligação. Seu vice Jorge Messias do Nascimento Flexa..
A disputa está acirrada, mas segundo todas as pesquisas já divulgadas o embate final é entre Maria do Carmo e Lira Maia. Os dois dizem que vencem. Um dos dois vencerá, talvez de forma apertada. Mas o eleitor pode surpreender e acabar dando uma vitória maiúscula para um dos dois. Essa eleição pode fechar um ciclo de 16 anos de disputa entre os dois candidatos. nas próximas eleições, quando provavelmente teremos 2º turno, um novo ciclo deve ser iniciado e talvez sem a presença dos dois.
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O número de partidos envolvidos na campanha deste ano é de 19. Em 2004, eram16.
Dois partidos mudaram de nome de lá para cá: o PFL passou a se chamar DEM; e o PL (após se fundir com o antigo Prona, do eterno Enéas) passou a ter como sigla o PR.
Dos partidos que disputaram a eleição municipal há quatro anos, dois não participam dessa campanha: o PT do B e o PSL. Mas cinco novas siglas disputam estas eleições: PSDC, PMN, PRB, PC do B e PSOL. Informações sobre os partidos mais à frente.
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Dos 19 partidos das eleições deste ano, apenas três não se coligaram na disputa de vereadores: PMDB, PDT e PSOL. Os demais formaram 6 coligações diversas, o que significa que contarão os votos como se fosse um só partido, quando da temível matemática proporcional (entenda mais sobre Quociente Eleitoral e Quociente Partidário clicando AQUI). As coligações são:
“Renova Santarém” (PTC-PRTB), com apenas dois candidatos a vereador (um do PTC e um do PRTB);
“Santarém em Desenvolvimento” (PT-PR), com 25 candidatos a vereador (seis do PR e dezenove do PT);
“Coligação PP/PSC/PCDOB/PTB”, com 23 candidatos a vereador (cinco do PC do B, treze do PP, três do PSC, e dois do PTB);
“Coligação DEM/PV”, com 27 candidatos a vereador (vinte do DEM e sete do PV);
“A Santarém Que Você Quer” (PMN-PPS-PRB-PSB), com 27 candidatos a vereador (seis do PMN, seis do PPS, quatorze do PSB e um do PRB);
“Coligação PSDB/PSDC”, com 24 candidatos a vereador (dezessete do PSDB e sete do PSDC);
O PDT e o PMDB concorrem com 20 candidatos a vereador cada. O PSOL apenas com oito candidatos.
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Em 2004, a lista de vereadores foi composta com 176 candidatos, mesmo número deste ano. Entretanto, pelo menos um candidato teve seu registro negado em última instância (TSE) e perdeu o direito de disputar as eleições já nesta semana (detalhes mais à frente). No início da campanha, eram 182 candidatos, sendo que 174 tiveram seus registros aceitos. Dois candidatos impugnados recorreram das decisões e ficaram constando da lista até o final, inclusive fazendo campanha. Outros seis foram impugnados e/ou desistiram de concorrer.
Dos candidatos que concorrem este ano às 14 vagas na Câmara Municipal, 41 participaram da eleição de 2004. Os demais, em sua grande maioria, são neófitos na política. Dos 14 eleitos em 2004, somente 10 tentam a reeleição, três desistiram e um concorre a vice-prefeito.
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O número de partidos envolvidos na campanha deste ano é de 19. Em 2004, eram16.
Dois partidos mudaram de nome de lá para cá: o PFL passou a se chamar DEM; e o PL (após se fundir com o antigo Prona, do eterno Enéas) passou a ter como sigla o PR.
Dos partidos que disputaram a eleição municipal há quatro anos, dois não participam dessa campanha: o PT do B e o PSL. Mas cinco novas siglas disputam estas eleições: PSDC, PMN, PRB, PC do B e PSOL. Informações sobre os partidos mais à frente.
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Dos 19 partidos das eleições deste ano, apenas três não se coligaram na disputa de vereadores: PMDB, PDT e PSOL. Os demais formaram 6 coligações diversas, o que significa que contarão os votos como se fosse um só partido, quando da temível matemática proporcional (entenda mais sobre Quociente Eleitoral e Quociente Partidário clicando AQUI). As coligações são:
“Renova Santarém” (PTC-PRTB), com apenas dois candidatos a vereador (um do PTC e um do PRTB);
“Santarém em Desenvolvimento” (PT-PR), com 25 candidatos a vereador (seis do PR e dezenove do PT);
“Coligação PP/PSC/PCDOB/PTB”, com 23 candidatos a vereador (cinco do PC do B, treze do PP, três do PSC, e dois do PTB);
“Coligação DEM/PV”, com 27 candidatos a vereador (vinte do DEM e sete do PV);
“A Santarém Que Você Quer” (PMN-PPS-PRB-PSB), com 27 candidatos a vereador (seis do PMN, seis do PPS, quatorze do PSB e um do PRB);
“Coligação PSDB/PSDC”, com 24 candidatos a vereador (dezessete do PSDB e sete do PSDC);
O PDT e o PMDB concorrem com 20 candidatos a vereador cada. O PSOL apenas com oito candidatos.
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Em 2004, a lista de vereadores foi composta com 176 candidatos, mesmo número deste ano. Entretanto, pelo menos um candidato teve seu registro negado em última instância (TSE) e perdeu o direito de disputar as eleições já nesta semana (detalhes mais à frente). No início da campanha, eram 182 candidatos, sendo que 174 tiveram seus registros aceitos. Dois candidatos impugnados recorreram das decisões e ficaram constando da lista até o final, inclusive fazendo campanha. Outros seis foram impugnados e/ou desistiram de concorrer.
Dos candidatos que concorrem este ano às 14 vagas na Câmara Municipal, 41 participaram da eleição de 2004. Os demais, em sua grande maioria, são neófitos na política. Dos 14 eleitos em 2004, somente 10 tentam a reeleição, três desistiram e um concorre a vice-prefeito.
Nomes que mais se destacam com chances de se eleger à Câmara
Essa lista é um palpite meu, após um estudo sobre as coligações e os nomes que se sobressaíram nas campanhas. Não vou afirmar que estejam eleitos, mas com possibilidades em relação aos outros. Os nomes surgiram a partir de observações minhas e de conversas com outras pessoas que tem experiência em política.
Inicialmente, é bom frisar que o quociente eleitoral deste ano deve ficar acima de 11 mil votos. Assim, analisando os partidos e coligações, posso afirmar categoricamente que o PSOL, o PRTB e o PTC não vão eleger nenhum vereador, exatamente por terem poucos candidatos e em sua maioria inexpressivos, sem condição de alcançar o quociente eleitoral. Os demais partidos e coligações, pelas minhas projeções, teriam os seguintes resultados:
A “Coligação PSDB/PSDC” corre o risco, também, de não eleger nenhum candidato. Em 2004 elegeu dois vereadores, que não estão concorrendo este ano. Mas se alcançar o quociente, elegeria pelo menos um vereador. Os mais cotados para a única vaga seriam o ex-vereadores Osvaldo de Andrade, Marco Aurélio e Chiquinho da Umes, correndo por fora a professora Terezinha Pacheco, todos do PSDB. O PSDC não tem nomes com expressão para contrapor os já citados;
A “Coligação PP/PSC/PCDOB/PTB” é outra que corre o mesmo risco da coligação anterior, mas por ter nomes mais expressivos pode conseguir eleger pelo menos um vereador. Os mais cotados são Gerlande Corrêa Castro e Silvio Amorin (PP) e Geovani Aguiar (PSC). PTB e PC do B não têm nomes que possam fazer frente aos já citados;
A “Coligação DEM/PV” deve eleger um a dois vereadores. Uma terceira vaga é quase remota. Os mais cotados são: Erasmo Maia, Henderson Pinto e Anaelson Carrolino (DEM) e Valdir Matias Jr. (PV).
A “Coligação A Santarém Que Você Quer” pode eleger dois ou três vereadores. Uma quarta vaga é remota. Os mais cotados na disputa são o médico Nélio Aguiar (PMN), o vereador Reginaldo Campos e o ex-vereador Laudenor Albarado (PSB). Outros nomes não tem tanta expressividade, mas podem ocorrer surpresas.
A “Coligação Santarém em Desenvolvimento”, é uma das mais fortes e com mais nomes na disputa. Deve eleger três a quatro vereadores. Os mais cotados são: Emir Aguiar (PR), Professora Farias, Rivelino Mota e Ivete Bastos (PT). Correndo por fora, mas com grandes chances vêm mais quatro candidatos do PT: Cassiano Amazonas, Bárbara Matos, Milton Peloso e Carlos Jaime. Com menor chance a vereadora Odete Costa.
O PDT deve eleger apenas um vereador, e os mais cotados são a vereadora Marcela Tolentino e o bacharel em Direito Bruno Pará. Correndo por fora, o ex-vereador Evandro Cunha.
O PMDB deve eleger dois ou três vereadores. Na disputa estão José Maria Tapajós, Maurício Corrêa e Erlon Rocha. Correndo por fora, mas com chances remotas, Manoel Diniz e Ronan Liberal Jr.
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A eterna indigesta sopa de letrinhas e de números
O historiador Voltaire Schilling diz que “oficialmente, os partidos políticos já existem no Brasil há mais de cento e sessenta anos. Nenhum deles, porém, dos bem mais de duzentos que surgiram nesse tempo todo, durou muito. Não existem partidos centenários no país, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos, onde democratas (desde 1790) e republicanos (desde 1837) alternam-se no poder. E o motivo disso, dessa precariedade partidária, da falta de enraizamento histórico dos programas nas camadas sociais é a inconstância da vida política brasileira” (Site Educaterra). Os primeiros partidos, diz ele ainda, surgiram exatamente em 1837, ainda no Segundo Reinado e representavam os conservadores (Saquaremas) e os liberais (Luzias).
Atualmente, estão registrados junto ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela organização eleitoral no Brasil, 29 agremiações partidárias que formam uma grande “sopa de letrinhas e de números”. Do histórico PMDB ao novíssimo PSOL, são 27 anos de uma história de pluripartidarismo iniciada durante o último governo militar após o processo de abertura política do presidente João Figueiredo que trouxe de volta ao Brasil diversos exilados políticos. Eles representam tendências ideológicas da ultradireita à ultra esquerda, mas é quase um consenso de que não precisaríamos mais que dez partidos para isso, o que significa que a grande maioria não passa de legendas de aluguel, utilizadas para fins eleitoreiros e esquemas de corrupção. Abaixo um pouco do histórico dos partidos que participam das eleições em Santarém, este ano:
O Partido Republicano Brasileiro (PRB-10) foi fundado por bispos da Igreja Universal depois que alguns deputados de sua bancada evangélica se envolveram nos dois últimos escândalos nacionais. A figura mais ilustre deste partido é o atual vice-presidente do Brasil, José Alencar, que compõe mais uma vez a chapa de Lula. Em Santarém, concorre pela primeira vez com apenas um candidato a vereador.
O Partido Progressista (PP-11) foi o antigo “maior partido da América Latina”, braço da Ditadura. Depois de diversas “cirurgias políticas” e de perder grandes lideranças como Sarney e ACM para o PFL que não aceitavam o domínio do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, denominou-se PPR e PPB até chegar ao minúsculo PP, fundado em 16.11.1995, mas ainda mantém a mesma cara malufista, embora esteja envolvido em novos escândalos financeiros como o do Mensalão e das Sanguessugas. É um partido à direita, mas que tenta sobreviver à sombra de quem está no poder (inclusive o PT, que já foi seu arqui-inimigo). Um dos líderes do partido em Santarém é o vereador Luiz Alberto.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT-12) surgiu uma semana depois do PTB, quando o então ex-exilado Leonel Brizolla perdeu aquela sigla para a deputada Ivete Vargas. Remanescente do getulismo, Brizolla queria ser um novo caudilho nacional e fundou o PDT com um viés socialista, diferente do trabalhismo getulista. Até sua morte, o PDT era um partido com a cara do Brizolla. Hoje, meio sem identidade, tenta sobreviver na selva de siglas e encontrar um novo referencial ideológico. Em Santarém, o comando do PDT desde 1992 é do advogado e empresário Osmando Figueiredo.
O Partido dos Trabalhadores (PT-13) foi a maior surpresa no cenário pós-Ditadura. Foi fundado em 11.02.1982, tendo como base o crescente movimento sindical brasileiro, foco da resistência popular à Ditadura. Com um líder carismático, o ex-metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil e um discurso que evoluiu da ultra-esquerda ao centro , chegou ao poder mas sofreu um grande revés em seu principal patrimônio: a credibilidade. Envolvido no chamado Escândalo do Mensalão, perdeu o charme de partido da honestidade. É o partido da atual prefeita de Santarém, Maria do Carmo.
O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB-14) ressurgiu em 03.11.1981 tentando resgatar a imagem de seu maior líder, o ditador Getúlio Vargas. Foi exatamente a sobrinha-neta dele, a falecida deputada Ivete Vargas que refundou o populismo trabalhista, transformado numa legenda recheada de líderes empresariais que tem defendido a participação política mais constante da iniciativa privada na vida pública. É um dos partidos que sempre esteve envolvido em escândalos nacionais, a maioria deles com as digitais do já cassado deputado Roberto Jefferson. Em Santarém, o PTB pela primeira vez tem uma representação pífia na disputa pela Câmara municipal com apenas dois candidatos, demonstrando que encontra-se quase em decadência em relação a outros anos quando chegou até a disputar a prefeitura e ter deputado federal eleito por dois mandatos.
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB-15) foi fundado em 30.06.1981 e nasceu sob as bases do histórico MDB (Movimento Democrático Brasileiro), partido que representava a oposição ao regime militar implantado no Brasil entre 1964/1984, e se consolidou com a eleição (ainda de forma indireta) do primeiro presidente civil pós-Ditadura (Tancredo Neves, que morreu antes de assumir). Conhecido como “guarda-chuva das esquerdas” durante a Ditadura, o PMDB passou a ser uma colcha de retalhos formada hoje em sua maioria por políticos de centro, oligarquias regionais e muitos oportunistas de plantão. É ainda o partido com a maior representação em todo país, organizado em todos os municípios e comandando a maioria deles. Desde o fim do regime militar, vive à sombra do Poder compondo ou ajudando a derrubar os presidentes eleitos neste período democrático. Quando não elege os líderes regionais, coopta, ou seja, atrai esses líderes usando a pressão de suas bancadas legislativas. Santarém já assistiu, em sua recente história política, pelo menos dois casos de prefeitos eleitos por outras siglas que no meio do mandato acabaram cedendo à essa pressão. No Pará, tem um de seus maiores líderes nacionais, o deputado federal Jader Barbalho. Em Santarém tem como principais líderes o deputado Antonio Rocha e o atual vereador Ruy Corrêa.
O Partido Socialista Cristão (PSC-20) foi fundado em 15/05/1985 e é um partido com pouca expressão nacional, mas que tem crescido nos últimos anos. Em Santarém tem como um de seus líderes o ex-vereador Geovane Aguiar.
O Partido da República (PR-22) surgiu da fusão do PL e Prona. Nasceu defendendo a reforma tributária e o fim da intervenção econômica do governo. Pautado nos ideais liberais do falecido deputado carioca Álvaro Valle (PL), defendia uma maior seleção de seus quadros, inclusive com um “vestibular para os candidatos”, mas foi derrotado pelo pragmatismo e acabou invadido por líderes religiosos evangélicos, até se envolver nos dois últimos grandes escândalos nacionais (Mensalão e Sanguessugas), que o levaram à fusão para renovar a sigla. Em Santarém, as principais lideranças do partido são o ex-deputado federal Hilário Coimbra e o vereador Emir Aguiar
O Partido Popular Socialista (PPS-23) foi fundado em 19.03.1992 e sobre as ruínas do antigo PCB – Partido Comunista Brasileiro, fundado 70 anos antes. Aproveitando os ares de redemocratização do leste europeu, pós-queda do Muro de Berlim, surge um novo partido que tenta manter a filosofia socialista, mas sem os velhos jargões utópicos. Aproxima-se do socialismo real europeu, que predomina em países como Espanha e França. Aos poucos os PPS adquire hábitos mais ao centro, e namora com a social democracia, não diferindo o discurso do PSDB, do qual inclusive tem sido um grande aliado. Em Santarém é liderado pelo músico Guilherme “Taré”.
O Partido Democratas (DEM-25/antigo PFL) foi fundado em 11.09.1986 defendendo a doutrina do liberalismo econômico. Seus principais líderes eram remanescentes do partido de sustentação do regime militar, o antigo PDS, e haviam se rebelado contra o malufismo que dominou a antiga sigla, quando o ex-governador Paulo Maluf usou de seus métodos aliciadores para tentar chegar à presidência da República. O PFL representa hoje um dos setores mais reacionários e conservadores da política nacional, mas não tem tido poder suficiente para se impor no cenário nacional, o que o leva a depender de outras forças partidárias, ora o PMDB, ora o PSDB. A representação do adesismo demo é a figura do falecido cacique baiano Antonio Carlos Magalhães (ACM). Em Santarém é liderado pelo deputado federal Lira Maia
O Partido Social Democrata Cristão (PSDC-27), fundado em 30/03/1995, pelo ex-deputado constituinte José Maria Eymael. Disputa a primeira eleição este ano em Santarém.
Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB-28), foi fundado 27/11/1994, a partir da fusão com de dois partidos o PRT e o PST. Tem como líder local o microempresário e candidato a vice-prefeito Carlos Yassin.
o Partido da Mobilização Nacional (PMN-33) foi fundado em 21/04/1984 e tem um amplo viés nacionalista. Surgiu em Santarém há dois anos e esta é a primeira disputa municipal em que se envolve. Tem à frente o médico Nélio Aguiar.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB-40) foi refundado em 01.07.1988, já que também havia existido antes do getulismo. Tem sido a sombra do PT desde a primeira disputa nacional em 1989, quando ainda era liderado pelo ex-governador pernambucano Miguel Arraes. Nos últimos anos rendeu-se ao pragmatismo partidário e começou a aceitar lideranças regionais que de socialistas não tem nada, como Ciro Gomes, empresário e político cearense que saiu passou pelo antigo PDS, pelo PSDB e pelo PPS, já como ministro de Lula. O PSB também foi envolvido no escândalo das Sanguessugas e no Pará seu maior líder, o ex-senador Ademir Andrade, responde a um intricado processo de suposta corrupção na CDP (Companhia das Docas do Pará) que estava sob seu comando (escândalo pelo qual chegou a ser preso). Em Santarém, o principal líder é o vereador Reginaldo Campos.
O Partido Verde (PV-43), que tem com um de seus eternos líderes o jornalista e ex-guerrilheiro Fernando Gabeira, por exemplo, é fundado em 30.09.1993, a partir do crescente movimento ambientalista brasileiro pós-Eco/92, o grande evento realizado em nosso país em que o debate ecológico entrou em cena. Foi um passo para criar aqui, um partido de tendência ecológica aos moldes europeus, mas seu ideário fica muito distante da vanguarda ambientalista da Europa e hoje não passa com pouca expressão. É liderado em Santarém pelo economista e vereador Valdir Matias Júnior.
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB-45) é outro partido surgido após a promulgação da última Constituição Brasileira. Em 24.08.1989, antigos líderes peemedebistas com tradição de centro esquerda, como Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mário Covas, divergem do pragmatismo peemedebista e criam um partido que pretende trazer para o Brasil o socialismo democrático, que na época imperava na Europa e era apontado como uma solução menos traumática que o socialismo utópico petista. Na primeira eleição a presidência, com Mário Covas, o partido não tem boa performance e se alia ao PT no 2º turno contra Fernando Collor. Mais tarde, alia-se ao liberalismo do PFL e consolida sua liderança nacional em dois mandatos de FHC (1994/2002), tendo como principal trunfo a estabilização monetária e a criação do Real. Seu discurso fica cada vez mais liberal, o que o afasta do socialismo democrático europeu e o aproxima do liberalismo conservador da ex-dama de ferro da Inglaterra, Margareth Thatcher. Com a ascensão do PT ao poder, assume um discurso ainda mais raivoso e direitista. Em Santarém, é liderado pelo deputado estadual Alexandre Von
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-50) foi fundado em 15/09/2005, quando ex-lideranças do PT foram expulsas por não aceitar os novos rumos do partido em direção ao centro. A maior líder desse grupo é a senadora alagoana Heloísa Helena, que arregimentou vários deputados que se afinavam ao seu discurso e que representavam algumas alas de ultra-esquerda dentro do PT. Disputa sua primeira eleição, tentando se impor como uma nova alternativa de esquerda, mas seu discurso é tão arcaico quanto o dos demais partidos nanicos de esquerda, fósseis de um marxismo utópico e irresponsável. Tem como referências em Santarém o candidato a prefeito Márcio Pinto e o estudante Maike Vieira.
O Partido Comunista do Brasil (PC do B-65) surgiu oficialmente em 23.06.1988, mas já existia há décadas. Nascido de uma divergência do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), viveu na clandestinidade durante a Ditadura e consolidou-se nas ruas dos centros urbanos através de ações armadas espetaculares como o seqüestro de um embaixador americano. Hoje é um partido-satélite do PT e se posiciona cada vez mais à centro-esquerda. Até o momento não teve o nome de nenhum de seus líderes envolvido em grandes escândalos nacionais. O presidente da Câmara Federal, deputado Aldo Rebelo, é o seu maior líder. Em Santarém surge este ano, mas não tem nenhum líder reconhecido até o momento.
2 comentários:
Jota, tudo beleza?
MAno, mande-me seu endereço *terráqueo* para eu lhe enviar um CD do IHU!
Grande abraço e sucesso por aí!
Celson (cpl@uninova.pt)
Mandou bem... manual bem escrito e atualizado.. Ab!!! mano Fica com Deus... Nonato.
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