“Um faroeste visto pelos olhos de criança”.
Essa é a definição que o próprio autor do musical “Os Saltimbancos”, Sérgio Bardotti, dá à sua obra. Em prosa, em verso e mesmo em disco, essa fábula vem sendo repetida de geração em geração desde o século passado, tendo sido inspirada na pequena história “Os músicos de Bremen”, escrita na Alemanha pelos irmãos Jacob Kudwing (1785-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859).
Em 1975, Bardotti, viu nela a possibilidade de erigir uma “ampla metáfora”. Evitando uma linguagem pobre, mesmo ao se dirigir a um público infantil, ele metamorfoseou dois dos quatro personagens originalmente masculinos em fêmeas.
Na estréia da versão de Chico Buarque no Brasil, no fim do mês de julho de 1977, protagonizaram os atores Grande Otelo (Jumento), Miúcha (Galinha), Marieta Severo (Gata) e Pedro Paulo Rangel (Cachorro). Feita a adaptação, foi prensado o disco, que utilizou os envolventes arranjos originais de Enriquez.
Quatro anos depois, Chico e Bardotti uniram-se ao comediante Renato Aragão e escreveram o roteiro do filme “Os Saltimbancos Trapalhões” baseado na mesma peça e recebendo algumas novas canções. Uma nova apresentação da peça no teatro ocorreu em 1992, mantendo a mesma estória de Chico Buarque com pequenas alterações e um elenco de atores da nova geração como: Nizo Neto (Jumento), Andréa Veiga (Galinha), Maria Lúcia Priolli (Gata) e Ruben Gabira (Cachorro). Essa peça aliás, continua em cartaz até hoje no Rio de Janeiro, mudando apenas alguns atores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário