(...)"O que procuraste em ti ou fora de teu ser restrito e nunca se mostrou, mesmo afetando dar-se ou se rendendo, e a cada instante mais se retraindo, olha, repara, ausculta:
essa riqueza sobrante a toda pérola, essa ciência sublime e formidável, mas hermética, essa total explicação da vida, esse nexo primeiro e singular, que nem concebes mais, pois tão esquivo se revelou ante a pesquisa ardente em que te consumiste...
vê, contempla, abre teu peito para agasalhá-lo.”(...)
Trecho de "A Máquina do Mundo", de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
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