Não devemos ter, ao todo, nem 20 praças em toda a cidade. Muito pouco para uma futura capital. Construir novas praças então, é algo raro, sendo que as duas últimas criadas foram a Mimi Paixão (na Turiano, próximo aos terrenos do BEC) e a Dom Thiago, no Aeroporto Velho, há pouco mais de dois anos.
E as poucas praças que temos estão relegadas ao abandono apesar de sua conservação ser tão importante ao bem estar da população quanto o asfaltamento de ruas.
Poucas são as que foram reformadas (ou como dizem atualmente, “revitalizadas”) nos últimos 10 anos: a do Pescador, a da Liberdade, a do São Francisco do Caranazal e mais recentemente a Manoel Moraes (mais conhecida como praça do Mascotinho) e a do Centenário (ou praça de São Raimundo).
Entretanto, praças tradicionais como a Barão de Santarém (ou São Sebastião) e Tiradentes, clamam por qualquer investimento. É triste ver como elas não passam de espaços abertos mal aproveitados e depredados e sem o charme que uma praça deveria ter.
Mas uma praça em especial, é o retrato em 3 x 4 do descaso que os prefeitos têm demonstrado com estes espaços públicos. Falo da praça 31 de março. Como? Nunca ouviu falar? E se eu disser praça dos “Três Patetas”? Ah! Agora ,sim!
A pracinha até que está conservada, mas carrega a maldição de um nome pejorativo dado pelo povo em protesto à homenagem oficial a uma data execrável.
Como forma de fazer apologia ao golpe militar de 1964, um ex-prefeito (infelizmente não consegui confirmar quem foi o autor da proeza) resolveu dar o sugestivo nome de “31 de março”, data do tal golpe.
Além disso, encomendou à época ao artista plástico Laurimar Leal uma estátua para homenagear as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). A obra tinha três soldados que o povo começou a chamar de ‘Três Patetas” e assim ficou... O artista, segundo se comenta, indignado com a execração de sua obra, mandou tirar a estátua e até hoje está lá o pedestal vazio...
Há alguns anos sugeri à ex-vereadora Socorro Pena e esta apresentou um projeto de lei modificando o nome da praça, mas idéia foi derrubada sob a alegação de que a homenagem proposta era ilegal, pois não poderia se dar o nome de personalidade viva a logradouro público (muito embora o prédio da prefeitura homenageie o ex-senador Jarbas Passarinho, ainda vivo...).
Volto a sugerir aos vereadores que pelo menos “revitalizem” o nome da simpática pracinha e quem sabe atraiam bons fluídos para uma futura reforma, já que o homenageado agora está morto: mestre Isoca.
Como defendi há algum tempo, seria “a eternização em asfalto e cimento de um encontro poético entre pai (rua professor José Agostinho) e filho (praça maestro Wilson Fonseca)”.
E sem patetas no pedestal.
E as poucas praças que temos estão relegadas ao abandono apesar de sua conservação ser tão importante ao bem estar da população quanto o asfaltamento de ruas.
Poucas são as que foram reformadas (ou como dizem atualmente, “revitalizadas”) nos últimos 10 anos: a do Pescador, a da Liberdade, a do São Francisco do Caranazal e mais recentemente a Manoel Moraes (mais conhecida como praça do Mascotinho) e a do Centenário (ou praça de São Raimundo).
Entretanto, praças tradicionais como a Barão de Santarém (ou São Sebastião) e Tiradentes, clamam por qualquer investimento. É triste ver como elas não passam de espaços abertos mal aproveitados e depredados e sem o charme que uma praça deveria ter.
Mas uma praça em especial, é o retrato em 3 x 4 do descaso que os prefeitos têm demonstrado com estes espaços públicos. Falo da praça 31 de março. Como? Nunca ouviu falar? E se eu disser praça dos “Três Patetas”? Ah! Agora ,sim!
A pracinha até que está conservada, mas carrega a maldição de um nome pejorativo dado pelo povo em protesto à homenagem oficial a uma data execrável.
Como forma de fazer apologia ao golpe militar de 1964, um ex-prefeito (infelizmente não consegui confirmar quem foi o autor da proeza) resolveu dar o sugestivo nome de “31 de março”, data do tal golpe.
Além disso, encomendou à época ao artista plástico Laurimar Leal uma estátua para homenagear as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). A obra tinha três soldados que o povo começou a chamar de ‘Três Patetas” e assim ficou... O artista, segundo se comenta, indignado com a execração de sua obra, mandou tirar a estátua e até hoje está lá o pedestal vazio...
Há alguns anos sugeri à ex-vereadora Socorro Pena e esta apresentou um projeto de lei modificando o nome da praça, mas idéia foi derrubada sob a alegação de que a homenagem proposta era ilegal, pois não poderia se dar o nome de personalidade viva a logradouro público (muito embora o prédio da prefeitura homenageie o ex-senador Jarbas Passarinho, ainda vivo...).
Volto a sugerir aos vereadores que pelo menos “revitalizem” o nome da simpática pracinha e quem sabe atraiam bons fluídos para uma futura reforma, já que o homenageado agora está morto: mestre Isoca.
Como defendi há algum tempo, seria “a eternização em asfalto e cimento de um encontro poético entre pai (rua professor José Agostinho) e filho (praça maestro Wilson Fonseca)”.
E sem patetas no pedestal.
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(*) artigo inserido em minha coluna Perípatos, publicada no jornal Diário do Pará, em sua edição regional (Diário do Tapajós), de 22.11.2005.
Um comentário:
Concordo com a "revitalização" da praça, mas não com a mudança de nome. A Praça dos Três Patetas (ou 31 de Março) deve ser preservada como símbolo de um período de trevas, de ares ditadoriais irrespiráveis, de área de segurança nacional que se abateu sobre o povo santareno. Tem que revitalizar e colocar lá uma placa com o nome GARRAFAL do autor da idéia. Isso é história e como tal deve ser preservada. Tem-se que, inclusive, convencer Laurimar Leal a recolocar no pedestal os "três patetas". Fez a obra, tenho certeza, por encomenda. E só dessa forma tem que ser entendida a sua participação no episódio.
Revitalizar sim, rasgar uma página de nossa história, nunca.
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