As vantagens econômicas são maiores que os impactos ambientais negativos do asfaltamento da BR-163, rodovia que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA). Essa foi a principal conclusão dos convidados que participaram nesta terça-feira da audiência pública promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre a pavimentação da rodovia e a situação da Terra do Meio, no sudoeste do Pará.
Segundo o secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Amorim Viana, além de facilitar o escoamento da produção agrícola e pecuária da região, a obra aumentará o trânsito de mercadorias da Zona Franca de Manaus para o Sudeste e o Sul.
O diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luiz Felippe Kunz Júnior, que também concorda com essa visão, acrescentou que "o asfaltamento em si não acarretará grandes prejuízos ambientais se comparado às vantagens para desenvolvimento regional".
Ele anunciou que o projeto de licenciamento da obra já está quase pronto e que até o final de setembro o Ibama deverá divulgar o parecer técnico sobre a viabilidade ambiental do empreendimento.
(Agência Câmara - leia a informação completa AQUI)
Comentário do Blog: a BR-163 deve sair do papel algum dia, mas até lá o Governo Federal prepara a criação de áreas de conservação no entorno da rodovia, para evitar a invasão de desmatadores. A área prevista é do tamanho da Bahia! Pode-se até concordar com a medida, mas fica a dúvida: sobra algum espaço para o desenvolvimento das populações urbanas já existentes na região? Ou acontecerá o que acontece há 30 anos com a população de Aveiro, que ficou encravada dentro da Flona Tapajós, sem condições de se desenvolver?
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