Editorial desta semana, do Diário do Tapajós (08/07):
Do Mensalão à Megasena
Há pelo menos um brasileiro (e carioca, ainda por cima), feliz neste momento do Brasil-Mensalão. Ele foi o único ganhador da Megasena que pagou mais de 50 milhões, ontem. Pode até ser um grupo de amigos, mas isso pouco importa.
A mídia nem deu tanto destaque a esse prêmio, pois as denúncias em Brasília tiraram do foco este premiado. Talvez o único (ou únicos) sortudo(s) capaz(es) de dizer neste momento: eu amo o meu país!
O milionário da Megasena, se já não for nenhum endinheirado, tem até a opção de pegar seu dinheiro e ir embora. Milhões de brasileiros correram às lotéricas com esta esperança, mas só um conseguiu realizar o sonho. Todos queriam se anestesiar, diante de tanta lama que escorre dos monitores de TV, das ondas do rádio, das páginas de revistas.
É possível que algum dia consigamos ganhar na Megasena, mas até lá quem sabe quantos Mensalões serão pagos? Este é o ônus da democracia conquistada nas ruas. Pagamos diariamente nossa quota do Mensalão, sem ter o direito a um “mensalinho”, e o que dirá uma Megasena!
Que nos deixem pelo menos um óbolo (esmola), na hora da morte, para que possamos pagar a travessia do rio do inferno, como acreditavam os antigos gregos.
A mídia nem deu tanto destaque a esse prêmio, pois as denúncias em Brasília tiraram do foco este premiado. Talvez o único (ou únicos) sortudo(s) capaz(es) de dizer neste momento: eu amo o meu país!
O milionário da Megasena, se já não for nenhum endinheirado, tem até a opção de pegar seu dinheiro e ir embora. Milhões de brasileiros correram às lotéricas com esta esperança, mas só um conseguiu realizar o sonho. Todos queriam se anestesiar, diante de tanta lama que escorre dos monitores de TV, das ondas do rádio, das páginas de revistas.
É possível que algum dia consigamos ganhar na Megasena, mas até lá quem sabe quantos Mensalões serão pagos? Este é o ônus da democracia conquistada nas ruas. Pagamos diariamente nossa quota do Mensalão, sem ter o direito a um “mensalinho”, e o que dirá uma Megasena!
Que nos deixem pelo menos um óbolo (esmola), na hora da morte, para que possamos pagar a travessia do rio do inferno, como acreditavam os antigos gregos.
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