Há um ano atrás, nesta data em que se rememora também a negra data do golpe militar de 1964, este blog entrou no ar com a intenção de informar e opinar sobre os mais diversos temas, entre eles política, cultura e notícias que rolam na internet.
O primeiro post era um extenso currículo deste blogger (coisa típica de jornalista narcisista). Aos trancos e barrancos venho mantendo o blog, sem entretanto fazer uma atualização diária como gostaria.
Em comemoração à esta data, postarei logo mais um novo capítulo de meu famoso "Dossiê PT - estórias que gostaria de não contar".
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Ontem à noite participei do lançamento do novo formato do Diário do Tapajós, com a presença do presidente do grupo Diário do Pará, Jader Barbalho Filho.
O jornal circula hoje no formato standard e não mais no de tablóide, numa iniciativa da empresa Pódium capitaneada pelo jornalista José Ibanês, que comanda hoje a sucursal regional do Diário do Pará em Santarém.
Minha coluna Perípatos ganhou mais destaque, agora ao lado da coluna social de Denise Marsala.
Reproduzo aqui o texto desta nova fase do jornal:
Tamanho é documento!
Hoje esta coluna estará sendo lida no formato conhecido como standard, o que me faz afirmar que estou mais “espaçoso”...
Isso me remete a outros tempos de meus mais de 20 anos em redações locais. A tradição dos jornais impressos na Amazônia em optar por esse formato, foi seguido à risca na formação das primeiras experiências de sucursais regionais implantadas aqui, já na década de 1980: A Província do Pará, através do antigo Jornal de Santarém (do saudoso Arthur Martins, o primeiro a acreditar em meu potencial jornalístico) e o próprio Diário do Pará quando de sua primeira tentativa de implantar uma sucursal (com o também saudoso Mário Ennes, em 1985, com quem também trabalhei).
A bitola de impressão em formato standard sempre implicou na opção por um maquinário de impressão off-set e, geralmente, na utilização de um parque gráfico com as chamadas “rotativas” que imprimem em escala industrial e já entregam o produto final encadernado e pronto para distribuição, produtos de alto custo para os padrões de cidades do interior da Amazônia como Santarém. Nos dois casos citados acima, as despesas corriam por conta da matriz.
Por conta disso, a maioria das publicações jornalísticas locais, com raras exceções, ainda hoje utilizam o formato tablóide ou outros ainda menores, dando sempre margem a um complexo de inferioridade de quem trabalha nos semanários que utilizam esse tipo de bitola.
Eu, particularmente, nunca senti esse complexo com formato e trabalhei do mesmo jeito nas mais diversas bitolas, principalmente por saber que em outras regiões como o sul do Brasil, o que importa é o conteúdo da informação e não o formato (e nem é preciso ir muito longe, quando temos aqui o Jornal Pessoal, de Lúcio Flávio Pinto, que é pequeno mas incomoda). Lá, os principais jornais, até pelo menos algum tempo atrás (faz tempo que não recebo em mãos nenhum exemplar atualizado de jornais como o Diário de Santa Catarina e outros do mesmo nível que sempre gostei de ler), utilizavam o formato tablóide muito embora seguissem os mesmos padrões de produção em escala industrial e com a utilização do maquinário já citado.
A primeira experiência de um jornal com esse mesmo formato e com produção local e custos bancados aqui mesmo, foi efetivada n´O Tapajós (1986/1994) ao comando de Vânia Maia e do mestre Manuel Dutra que formaram uma das melhores equipes de jornalismo da época com Dornélio Silva, José Ibanês, Bena Santana, Jota Parente, os irmãos Carneiro (Jeso e Celivaldo) e este humilde escriba, entre outros. De lá para cá surgiram outras experiências locais, algumas bem sucedidas outras não, como a do jornal Estado do Tapajós (primeira versão), que tinha uma produção mista (metade feita aqui e metade em Belém), mas acabou fechando por outras motivações.
Hoje, o Diário do Tapajós entra nesta nova era e passa a ter o mesmo formato de sua matriz, concretizada agora pelo esforço conjunto da editora Albanira Coelho e do diretor da sucursal, José Ibanês, que resolveram ousar e enfrentar os riscos que o custo de tal investimento possa ter.
A proposta já era discutida desde a implantação da sucursal, da qual também participei chefiando a redação. Na época, falava-se num lançamento gradual e à medida que a experiência fosse se consolidando, avançaria-se para outra etapa do projeto, até se chegar á condição de um jornal realmente diário local, como nenhum um outro ainda o é. Já houve experiências de jornais bi-semanais (O Tapajós e este Diário do Tapajós) e até tri-semanais (Gazeta de Santarém), sendo que a mais próxima de um diário ainda é a do jornal O Estado do Tapajós (segunda versão) publicado de terça à sábado.
A nova empreitada, que tem apoio da matriz mas com a possibilidade de ganhar a autonomia financeira no decorrer da experiência, ilustra a visão empresarial da direção do Diário do Pará, que continua apostando nesta proposta de tornar-se um diário identificado com os problemas da região.
Parabéns à equipe pelo novo espaço. Agora, vem mais trabalho pela frente!
2 comentários:
SEMPRE ACHEI QUE TINHAS ALGUMA COISA A VER COM A REVOLUÇÃO DE '64, QUE LEVOU OS MILICOS AO PODER!
AGORA TENHO CERTEZA, "MILITANTE"!
NADA MELHOR QUE UM DIA APÓS O OUTRO. É A MINHA VINGANÇA PELOS "IGARAPÉS", LEMBRAS?
CONTIMUE SENDO SEMPRE VOCÊ, CARO AMIGO.
PARABÉNS PELO DIA.
ABRAÇOS,
JUBAL
Jota querido, parabéns por manter no cyber espaço a chama dos loucos apaixonados pela vida e pela arte...que transpira em ti...
Ser Jota...no meio de tantas letras...no mínimo um acorde do Alfa - beto...
Abração,
Leíria.
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