A culinária regional deveria ter um destaque especial no programa de qualquer político que pretendesse implementar um programa sério de geração de emprego e renda. Seja para consumo de turistas ou para a população local, seria imprescindível uma maior atenção a este setor, afinal é o estômago que fisga a maior parte de nossa atenção no dia-a-dia dos lugares públicos, principalmente nos centros urbanos.
Não se ouve nenhum político dedicar um minuto de seu discurso para esse filão. E se fala, não concretiza qualquer projeto que aproveite a riqueza cultural de nossa culinária, transformando-a em geração de espaços para esse tipo de alimentação. A não ser em balneários turísticos onde a duras penas estes espaços existem, muito embora deixem muito a desejar.
Existe um exército de tacacazeiras e quituteiras regionais prontas para servir guloseimas de dar água na boca. A tradição destas mulheres do povo deixa suas marcas nas esquinas da cidade por conta de seu próprio esforço e perseverança. Elas sobrevivem sem fazer parte de uma estatística organizada da prefeitura ou de uma política de valorização dos espaços para a integração destes profissionais, que gerariam oportunidades de emprego e renda.
Em Belém, nas últimas décadas, muitos espaços públicos evidenciaram a construção de quiosques especiais para abrigar estes profissionais e investiu-se na padronização e na higiene dos produtos. Cada governo que passou deu sua contribuição: alguns com projetos arquitetônicos megalômanos, outros com medidas simples de organização ouvindo os próprios trabalhadores do local. Resultado: hoje dá gosto sentar e comer num boxe do Ver-o-peso, que por muitos anos foi sinônimo de sujeira e desorganização.
Em Santarém, o que se viu sempre foi a perseguição aos ambulantes e suas barraquinhas improvisadas por conta da procedência duvidosa e da higiene dos produtos. A orla em frente à cidade foi projetada para ter quiosques eqüidistantes que serviriam para abrigar esse tipo de serviço, mas até agora não saíram do papel.
E o pior: quem busca alguma guloseima regional entre os ambulantes que se instalaram em toda sua extensão, tem que se contentar com pizzas expressas, hot-dogs ou queijinhos defumados servidos em espeto. Tacacá ou vatapá, nem pensar!
Será que a Semdes – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, não poderia organizar estes espaços e garantir que a orla e outros espaços públicos fossem um espaço para todos os gostos? Porque temos que ser obrigados a desfrutar da bela visão do rio, sem poder degustar dos acepipes regionais? Sem contar na geração de emprego e renda combinada com alimentação mais nutricional.
Nada contra pizzas e x-qualquer coisa. Mas em tempo de diversidade regional e cultural, nada mais justo que garantir um lugar ao sol para nossa culinária, que faz qualquer turista (ou não) lamber os beiços!
Não se ouve nenhum político dedicar um minuto de seu discurso para esse filão. E se fala, não concretiza qualquer projeto que aproveite a riqueza cultural de nossa culinária, transformando-a em geração de espaços para esse tipo de alimentação. A não ser em balneários turísticos onde a duras penas estes espaços existem, muito embora deixem muito a desejar.
Existe um exército de tacacazeiras e quituteiras regionais prontas para servir guloseimas de dar água na boca. A tradição destas mulheres do povo deixa suas marcas nas esquinas da cidade por conta de seu próprio esforço e perseverança. Elas sobrevivem sem fazer parte de uma estatística organizada da prefeitura ou de uma política de valorização dos espaços para a integração destes profissionais, que gerariam oportunidades de emprego e renda.
Em Belém, nas últimas décadas, muitos espaços públicos evidenciaram a construção de quiosques especiais para abrigar estes profissionais e investiu-se na padronização e na higiene dos produtos. Cada governo que passou deu sua contribuição: alguns com projetos arquitetônicos megalômanos, outros com medidas simples de organização ouvindo os próprios trabalhadores do local. Resultado: hoje dá gosto sentar e comer num boxe do Ver-o-peso, que por muitos anos foi sinônimo de sujeira e desorganização.
Em Santarém, o que se viu sempre foi a perseguição aos ambulantes e suas barraquinhas improvisadas por conta da procedência duvidosa e da higiene dos produtos. A orla em frente à cidade foi projetada para ter quiosques eqüidistantes que serviriam para abrigar esse tipo de serviço, mas até agora não saíram do papel.
E o pior: quem busca alguma guloseima regional entre os ambulantes que se instalaram em toda sua extensão, tem que se contentar com pizzas expressas, hot-dogs ou queijinhos defumados servidos em espeto. Tacacá ou vatapá, nem pensar!
Será que a Semdes – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, não poderia organizar estes espaços e garantir que a orla e outros espaços públicos fossem um espaço para todos os gostos? Porque temos que ser obrigados a desfrutar da bela visão do rio, sem poder degustar dos acepipes regionais? Sem contar na geração de emprego e renda combinada com alimentação mais nutricional.
Nada contra pizzas e x-qualquer coisa. Mas em tempo de diversidade regional e cultural, nada mais justo que garantir um lugar ao sol para nossa culinária, que faz qualquer turista (ou não) lamber os beiços!
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(*) Artigo publicado em minha coluna Peripatos, no Diário do Tapajós - edição regional do Diário do Pará - em 13.12.2005.
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