Já passa da meia-noite, o dia é 13 de julho de 2007. Meu sono não vem. Dentro de poucas horas estarei renascendo aos 44 anos. Cismo em esperar a hora, na esperança de cruzar, transcendentalmente, com meu alterego mais jovem, lambuzado de placenta, num encontro entre o passado e o presente. Resolvi escrever neste meu pobre blog o que me vinha à cabeça. Aviso logo: se você não quiser perder tempo com babaquices de um quarentão ensimesmado, pare por aqui e vá para o orkut, pro MSN ou simplesmente desligue o computador. Depois não diga que não avisei....
Mas voltando a “jotaninar”, adoro o simbolismo dos números: 44 às 4 da manhã. Quaraquaquá. Já o 13, nasceu comigo e quem diria que seria uma sina política, da qual me livraria exatamente nesta data? [Daqui a pouco eu conto] Mas há outro número muito importante nesta simbologia “ninista”: o 21. Não, não é meu patrocinador. É apenas um pedaço de mim que me liga a outro passado lendário. [Daqui a pouco eu conto]
Como bom canceriano, sou um eterno arqueólogo da mente. Vivo buscando no passado as respostas para o meu presente, pouco me importando com o futuro. No futuro, fatalmente, voltarei ao presente que será passado e assim sucessivamente.
13 de julho de 1963. Quatro horas da madrugada. Lá estava eu, bebê recém-nascido, na Santa Casa de Misericórdia. Comigo devia haver pelo menos uma dezena de outros bebês chorões no berçário. Belém, Pará, Brasil. Minha cidade, como será que era? Ainda não consegui reconstituí-la, mas aos poucos vou encontrando pedaços aqui, acolá.
Minha mãe, Marapanim/Pará. Meu pai Xanthi/Grécia. Um encontro pouco provável se não fosse o espírito desbravador do velho Ninos, que resolveu se aventurar pela estrada que JK abriu, saindo da nova capital federal rumo ao norte. O marreteiro que vendia roupas no Ver-O-Peso se encontra com a cabocla da terra do carimbó em alguma alcova e o milagre da vida acontece. Quantos espermatoNinos matei no caminho? [na foto, eu e o velho grego disputando pra ver quem tem o nariz maior. Eu perdi...]
Como poderia imaginar que um dia, 15 anos depois, adotaria Santarém como minha terra? Aqui estou, 29 anos depois. Indo e sempre voltando para esta Pérola. [Belém é só o recôndito de minha alma e de minha calma que ainda não descobri. Lá ficaram o Kennedy, as praças da República e Batista Campos, o Cine Olympia e o Manuel Pinto da Silva, meu microcosmo infanto-juvenil]. Aqui aprendi a nadar, a dirigir, a lutar, a divergir, a não rezar, a permitir, a polemizar, a parir, a parar, a grunhir, a gozar...
Quaraquaquá! Quem diria. Parece que foi ontem que me vi meNino.
Mas voltando aos simbolismos numéricos: sabiam que em 13 de julho de 1501, Pedro Álvares Cabral regressou a Lisboa, após a descoberta do Brasil e da visita à Índia? E que na mesma data, em 1553, Duarte da Costa, segundo governador geral do Brasil, chegou a Salvador, na Bahia? E sabiam que, além disso, um dos líderes da revolução francesa, o médico e jornalista francês Jean Paul Marat, foi assassinado um dia antes de comemorar o 1º ano de seu grande feito? E que Santos-Dumont rodeou a torre Eiffel a bordo de um dirigível, mas acabou caindo, na altura de Boulogne, em 13 de julho de 1901? Em compensação, divido a data do aniversário – entre outros – com o ator hollywoodiano Harrison Ford, o eterno capitão Han Solo de Guerra nas Estrelas, que nasceu 21 anos antes que eu.
E daí? A quem interessa estas datas? Escrevi só para enfeitar o texto e mostrar um pouco de minha erudição de almanaque...
Mas voltando aos simbolismos numéricos: o 13 para mim sempre foi sorte-azar. Lembro que muitos aniversários não foram comemorados na infância por causa de uma caxumba, de um sarampo ou de uma simples disenteria que resolvia aparecer exatamente nesta data. Imagina um 13, como hoje, caindo numa sexta-feira! Dia de terror...
Mas já tenho um programa especial para marcar o sorte-azar dessa data (além do meu aniversário): hoje tiro o corpo fora de uma das minhas mais belas aventuras, que completa exatamente 25 anos e 139 dias – entrego, logo mais, ao presidente do diretório municipal de Santarém (alguém sabe quem é?) minha carta de desfiliação do PT. Foi bom enquanto durou. Como diria Lennon, em 1970: “O sonho acabou!”. Não o meu sonho, este eu vou continuar acalentando. Mas o sonho petista acabou. Relutei muito para tomar a decisão e decidi que essa seria uma data simbólica para realizar esse ato. Ponto final.
Outro simbolismo de que falei lá em cima: o 21, esse número incrível que me acompanha há 44 anos. Pouca gente sabe, mas hoje vou revelar um segredo do qual me orgulho: tenho algo que a Cicarelli também tem! Não, não são meus lábios. E nem fui flagrado transando numa praia. É que tenho um dedo a mais no meu pé direito, totalizando 21 dedos! Seria um sinal? Seria eu um ser especial? Espacial? E sempre que alguém descobre meu pequerrucho, saltitando por cima da tira de minhas Havaianas, a primeira pergunta surge como uma guilhotina francesa: porque não cortaram ao nascer? E eu me pergunto: porque essa ânsia mórbida de cortar um pedaço de mim?
A explicação para não cortá-lo está numa velha lenda grega que meu pai contava. Ocorre que depois dos 300 anos de dominação do Império Otomano os gregos reconquistaram a liberdade em 1821, mas não se conformavam em não poder usufruir de Constantinopla (Istambul), que ficou do lado de lá, depois do tratado abalizado pelas potências da Europa. Surge então um rei chamado Constantinos que lidera uma louca revolução em busca dos territórios perdidos. Os soldados gregos avançam e conseguem chegar do outro lado do mar Egeu, em Esmirna (terra de Homero), mas exaustos, são obrigados a recuar e os turcos saem cortando cabeças e encharcando o solo de sangue grego. Constantinopla continuará a ser Istambul e ponto final.
O detalhe: Constantinos tinha 21 dedos e ficou a lenda que só um novo rei com tal quantidade de dedos poderia reconquistar Constantinopla! Imagina a cara do meu pai, ao me ver no berçário, em Belém, com os 21 dedinhos à mostra! Infelizmente fui um fracasso. Estive na Grécia, passeei como turista por Istambul, mas não tive nem coragem de me alistar no exército grego, condição sine qua non para conseguir minha dupla nacionalidade. O que dirá liderar uma revolução grega... [na foto, eu e a Acrópole, 1991]
O sono se apodera de meus olhos. Acho que não conseguirei me encontrar com meu eu “emplacentado”. Só me resta fazer como todos estarão fazendo hoje, lá no Maracanã, na festa especialmente preparada para mim:
“Parabéns, Jota! Cadê o bolo?”
Mas voltando a “jotaninar”, adoro o simbolismo dos números: 44 às 4 da manhã. Quaraquaquá. Já o 13, nasceu comigo e quem diria que seria uma sina política, da qual me livraria exatamente nesta data? [Daqui a pouco eu conto] Mas há outro número muito importante nesta simbologia “ninista”: o 21. Não, não é meu patrocinador. É apenas um pedaço de mim que me liga a outro passado lendário. [Daqui a pouco eu conto]
Como bom canceriano, sou um eterno arqueólogo da mente. Vivo buscando no passado as respostas para o meu presente, pouco me importando com o futuro. No futuro, fatalmente, voltarei ao presente que será passado e assim sucessivamente.
13 de julho de 1963. Quatro horas da madrugada. Lá estava eu, bebê recém-nascido, na Santa Casa de Misericórdia. Comigo devia haver pelo menos uma dezena de outros bebês chorões no berçário. Belém, Pará, Brasil. Minha cidade, como será que era? Ainda não consegui reconstituí-la, mas aos poucos vou encontrando pedaços aqui, acolá.
Minha mãe, Marapanim/Pará. Meu pai Xanthi/Grécia. Um encontro pouco provável se não fosse o espírito desbravador do velho Ninos, que resolveu se aventurar pela estrada que JK abriu, saindo da nova capital federal rumo ao norte. O marreteiro que vendia roupas no Ver-O-Peso se encontra com a cabocla da terra do carimbó em alguma alcova e o milagre da vida acontece. Quantos espermatoNinos matei no caminho? [na foto, eu e o velho grego disputando pra ver quem tem o nariz maior. Eu perdi...]
Como poderia imaginar que um dia, 15 anos depois, adotaria Santarém como minha terra? Aqui estou, 29 anos depois. Indo e sempre voltando para esta Pérola. [Belém é só o recôndito de minha alma e de minha calma que ainda não descobri. Lá ficaram o Kennedy, as praças da República e Batista Campos, o Cine Olympia e o Manuel Pinto da Silva, meu microcosmo infanto-juvenil]. Aqui aprendi a nadar, a dirigir, a lutar, a divergir, a não rezar, a permitir, a polemizar, a parir, a parar, a grunhir, a gozar...
Quaraquaquá! Quem diria. Parece que foi ontem que me vi meNino.
Mas voltando aos simbolismos numéricos: sabiam que em 13 de julho de 1501, Pedro Álvares Cabral regressou a Lisboa, após a descoberta do Brasil e da visita à Índia? E que na mesma data, em 1553, Duarte da Costa, segundo governador geral do Brasil, chegou a Salvador, na Bahia? E sabiam que, além disso, um dos líderes da revolução francesa, o médico e jornalista francês Jean Paul Marat, foi assassinado um dia antes de comemorar o 1º ano de seu grande feito? E que Santos-Dumont rodeou a torre Eiffel a bordo de um dirigível, mas acabou caindo, na altura de Boulogne, em 13 de julho de 1901? Em compensação, divido a data do aniversário – entre outros – com o ator hollywoodiano Harrison Ford, o eterno capitão Han Solo de Guerra nas Estrelas, que nasceu 21 anos antes que eu.
E daí? A quem interessa estas datas? Escrevi só para enfeitar o texto e mostrar um pouco de minha erudição de almanaque...
Mas voltando aos simbolismos numéricos: o 13 para mim sempre foi sorte-azar. Lembro que muitos aniversários não foram comemorados na infância por causa de uma caxumba, de um sarampo ou de uma simples disenteria que resolvia aparecer exatamente nesta data. Imagina um 13, como hoje, caindo numa sexta-feira! Dia de terror...
Mas já tenho um programa especial para marcar o sorte-azar dessa data (além do meu aniversário): hoje tiro o corpo fora de uma das minhas mais belas aventuras, que completa exatamente 25 anos e 139 dias – entrego, logo mais, ao presidente do diretório municipal de Santarém (alguém sabe quem é?) minha carta de desfiliação do PT. Foi bom enquanto durou. Como diria Lennon, em 1970: “O sonho acabou!”. Não o meu sonho, este eu vou continuar acalentando. Mas o sonho petista acabou. Relutei muito para tomar a decisão e decidi que essa seria uma data simbólica para realizar esse ato. Ponto final.
Outro simbolismo de que falei lá em cima: o 21, esse número incrível que me acompanha há 44 anos. Pouca gente sabe, mas hoje vou revelar um segredo do qual me orgulho: tenho algo que a Cicarelli também tem! Não, não são meus lábios. E nem fui flagrado transando numa praia. É que tenho um dedo a mais no meu pé direito, totalizando 21 dedos! Seria um sinal? Seria eu um ser especial? Espacial? E sempre que alguém descobre meu pequerrucho, saltitando por cima da tira de minhas Havaianas, a primeira pergunta surge como uma guilhotina francesa: porque não cortaram ao nascer? E eu me pergunto: porque essa ânsia mórbida de cortar um pedaço de mim?
A explicação para não cortá-lo está numa velha lenda grega que meu pai contava. Ocorre que depois dos 300 anos de dominação do Império Otomano os gregos reconquistaram a liberdade em 1821, mas não se conformavam em não poder usufruir de Constantinopla (Istambul), que ficou do lado de lá, depois do tratado abalizado pelas potências da Europa. Surge então um rei chamado Constantinos que lidera uma louca revolução em busca dos territórios perdidos. Os soldados gregos avançam e conseguem chegar do outro lado do mar Egeu, em Esmirna (terra de Homero), mas exaustos, são obrigados a recuar e os turcos saem cortando cabeças e encharcando o solo de sangue grego. Constantinopla continuará a ser Istambul e ponto final.
O detalhe: Constantinos tinha 21 dedos e ficou a lenda que só um novo rei com tal quantidade de dedos poderia reconquistar Constantinopla! Imagina a cara do meu pai, ao me ver no berçário, em Belém, com os 21 dedinhos à mostra! Infelizmente fui um fracasso. Estive na Grécia, passeei como turista por Istambul, mas não tive nem coragem de me alistar no exército grego, condição sine qua non para conseguir minha dupla nacionalidade. O que dirá liderar uma revolução grega... [na foto, eu e a Acrópole, 1991]
O sono se apodera de meus olhos. Acho que não conseguirei me encontrar com meu eu “emplacentado”. Só me resta fazer como todos estarão fazendo hoje, lá no Maracanã, na festa especialmente preparada para mim:
“Parabéns, Jota! Cadê o bolo?”
11 comentários:
Ninos,
Vc. não imagina o quanto eu me sinto privilegiada de poder ter tido a oportunidade de conviver um pouco, com alguém tão inteligente e de uma simplicidade,que consegue brincar com as palavras, adoro o jeito que vc. consegue exteriorizar os pensamentos, admiro muito essa sua capacidade. Gostaria neste dia, de desejar que todos seus sonhos se concretizem, logicamente, com muita saúde e muita paz.
Bjs em seu coração.
Idalúcia
Parabéns. O teu segredo não é tão segredo assim, não pelo menos para quem trabalhou com você. Mas viva o 21.
Grande abraço.
Joana Silva, jornalista
por e-mail
Olá, Jota:
Parabéns por teu aniversário.
Saúde e Paz!
Abraços,
Vicente Fonseca.
Parabéns!!!!!
Meu amiiiiiiiiiigo, querido.
Que bom ter vc como um grande amigo, mesmo a distancia, um dia vou ai te
ver...Felicidades por mais um ano de vida, 44 é um número especial, não são todos que alcançam.
Receba minha singela homenagem e um humilde:
Parabens pra vc
Nesta data querida...
Me despeço
Com carinho de sua amiga paraense.......rs
Isabel Lisboa / manaus-Amazonas
por e-mail
Parabéns prá voce nesta data querida, meu querido Jotinha, ás de ouro da crônica paroara.
Te abraço daqui.
Bela reflexão Jota Ninos, e parabéns pela escolha do titulo para seu escrito. Deixe-me fazer uma consideração toda “italiana” sobre a simbologia do renascer...
O Renascimento, para nos italianos, e sucessivamente para a Europa, foi um período artístico e cultural importantíssimo caracterizado pela afirmação de um novo ideal de vida, e o reflorescer dos estudos humanísticos e das belas artes.
O Renascimento caracterizou-se com a re-descoberta dos textos gregos e latinos que encorajaram e influenciaram inúmeros novos estudos, além dos avanços humanos e tecnológicos para os séculos sucessivos.
Leonardo da Vinci, Michelangelo, William Shakespeare, Machiavel, Martin Lutero, Galileu, foram alguns (dos muitos) que jogaram Luz depois das Trevas, pois o renascimento aconteceu entre o fim da Idade Média e o inicio da Idade Moderna.
As tropas espanholas e alemãs puseram fim ao movimento com a violência depois de ter saqueado Roma em 1527, mas não aos sonhos e ideais que continuam vivos ainda hoje. E tenho certeza que também andam junto com você.
Parabéns pra você e ao seu talento!
Tibério Alloggio
Meu caro Jota:
Antes de mais nada, salve, salve! Rapaz, se soubesse, intuísse os seus 44 (depois de tomar umas tantas e outras, terás de fazer um 4, e dobrado, que assim será enxergado pelos demais, que verão tudo, hic, em dobro), teria mandado um livro pelo Ronaldo. E se o aniversário fosse numa sexta 13 de agosto, aí só com Black Sabbath na vitrola. [...]
Elias Ribeiro Pinto, por e-mail.
SE EU FOSSE O PRESIDENTE NÃO ACEITARIA!
Meu amigo Jota Ninos. Primeiramente parabéns... pelo seu aniversário nesta sexta-feira 13.
Ontem, depois de nossa prova no Curso de Jornalismo, no qual somos colegas de turma, lembro-me que cobrei o bolo da sua festa enquanto comentávamos que o destino nos reservou receber em nossa turma o querido Pe. Edilberto Sena, nesta noite 13, para alguns, noite sobria. O padre será sabatinado em laboratório coletivo na disciplina Entrevista e Reportagem. Acredito que será bem interessante, pois o padre Edilberto tem muito a dizer e a turma muito o que perguntar, sob a orientação da mestra Socorro Veloso.
Bem. Conversando rapidamente sobre isso ontem a noite, você aproveitou pra lembrar que, neste dia histórico, você estaria formalizando seu pedido de desfiliação do Partido dos Trabalhadores, depois do ano da grande crise quando você chegou a escrever, e aqui no Blog publicar, alguns trechos do seu Dossiê PT. Entendo parte de suas angustias de militante histórico, e a refutação de ideais que você também cultivou quando sonhou e ajudou a construir o chamado maior partido de esquerda da América Latina, ainda quando parecia tão longe o sonho do mesmo partido chegar ao comando do município de Santarém, do Estado do Pará e do Brasil. Não li o Dossiê PT na íntegra, mas imagino que, nas entrelinhas, é possível vislumbrar seu sonho democrático de mudança aliado ao sonho de muitos de nós, embalados pelos sons e letras pensantes do Chico Buarque, que você tanto gosta.
Meu caro Ninos. Seu eu fosse o presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Santarém não aceitaria seu pedido de desfiliação. Até porque a desfiliação pode ser aceita, mas jamais você deixará de ser PT. Aliás você é um dos petistas autênticos desse ninho não tucano. Sua inteligência deixa claro em que bases você foi formado. Sua competência não é resultado apenas de sua pessoa. Aliás, a pessoa Jota Ninos, ímpar sem dúvida, é resultado de outras pessoas com suas vivências políticas diversificadas e, dentre elas, os petistas tem presença significativa com certeza, mesmo com suas contradições.
Se eu fosse presidente do PT, não aceitaria sua desfiliação. Não antes de um saudoso debate convocando todos os filiados, em crise ou não, para uma profunda reflexão sobre a gênese e a história atual do partido, oportunidade perdida em recente congresso municipal.
Mas, infelizmente, isso não interessa a muitos que chegaram ao poder nas três esferas. Tenho percebido o que muitos já sabem: o poder cega... e muitos esquecem a razão do sonho original. O PT foi infestado de inimigos que talvez tremam ao ler estas linhas. Mas não temo sua raiva e rancor. Tenho pena deles por terem perdido o sonho, traído a causa e, feito o pecador que não reconhece sua culpa, acham que não têm problema algum. Para eles, os impensantes somos nós que não soubemos nos conformar aos acordos a longo prazo para vencer em cada eleição.
Sinceramente queria muito que você não se desfiliasse. Sinto o que senti quando Araceli Lemos e Edmilson Rodrigues deixaram nosso partido no ano da grande crise quando, em uma pequena sala na 16 de Novembro na Cidade Velha em Belém, formalizaram sua saída do PT e assinaram filiação em outra sigla. Tantos saíram e muitos ficaram. Eu ainda fico companheiro. Não perdi a esperança mesmo em meio aos que se dizem petistas sem nunca ter o sido... Com seu sorriso sem graça, amarelo, tentam animar a militância com um discurso hipócrita, enganando a si mesmos. Tristes o são... Espero que um dia eles percebam tudo isso. Acho difícil. Sempre darão desculpas em seu grande orgulho de se acharem certos. Só um milagre os faria mudar. E, como acredito em milagres, permaneço aqui, crendo. Mas minha fé não é cega. Unida ao exercício da razão ainda enxergo longe e perto também.
Apesar de você, sair do PT, amanhã há de ser novo dia!
Os que saem também um dia podem voltar e, mesmo que não voltem, sua partida é sinal, ainda que nem todos compreendam. Sinais são sinais... e é preciso saber ler os sinais dos tempos... muitos não sabem.
Jota, teria muitas coisas a lhe escrever, mas guardo para nossas próximas reflexões, tão saudáveis, tão respeitosas, tão democráticas, tão cheias de esperança.
Felicidades companheiro!!!
Ah... não leva pizza a noite, tá? Leva bolo. E, pelo amor de Deus, não leva coca-cola, pois o Edilberto não bebe.
Everaldo Cordeiro, em comentário no Blog do Jeso.
Parabéns Ninos, vou ver se apareço hoje a noite na escola para te dar um abraço...De Tamanduá...rs...
FELIZ ANIVERSÁRIO, e continue brilhando meu amigo, que o mundo precisa de você.
Dudu Dourado
Caro "Jota",
Já dei os parabéns "on-line" e agora o faço novamente e duplamente tanto pela possível entrada na andropausa como por mais um conto auto-biográfico tão bem escrito.
Ainda bem que vais apresentar a tua saída do 13 este ano. Já pensou se adiasses para o ano que vem e anunciasse a saída no 13 para os 45? hehe
Sucesso nos novos caminhos e nas novas escolhas.
Felicidades.
Parabens Ninos!!!!! Um pouquinho atrasado!
Com os melhores votos de felicidades, saúde e mt paz!
Grande abraço,
Juliana Zagury, por e-mail, do Rio de Janeiro.
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