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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Poesia

Meus poucos e fiéis leitores dão uma forcinha comentando minhas crônicas aqui no Blog. Na última crônica vários deles mandaram suas impressões, alguns por e-mail e outros na minha página do Orkut.
Uma das que mais me chamou a atenção foi de um ex-colega do curso de Letras da Ufpa., poeta de mão cheia, Hamilton Fernandes (na foto com uma boina das que eu também gosto de usar), que hoje reside em Macapá e que de lá enviou uma linda poesia que reproduzo neste espaço:
Velho cais


O vento nas vagas

Vaga

Sem rumo

Seu retorno é anunciado

Pelo cheiro de maresia

Que exala nos cascos das

Embarcações

Aportadas no velho cais

Onde as ilusões embarcam

Para a viagem sem retorno

Velho cais

Quantas recordações

Trazes a este marinheiro

De viagem sem fim

Que sequer marinheiro é

Apenas sonhador

E por isso mesmo

Marinheiro-mor

Capitão de longo-curso,

Eterno curso, diria eu,

No eterno sonho

Eterna poesia

Sonhar de viagem sem fim

Onde o retorno do vento

É anunciado

Pelo cheiro de maresia

No velho cais das embarcações...


Stm, 05/01/2000


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Hamilton promete enviar, também, contos que produziu para o meu/nosso deleite. Tô esperando Hamilton!

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