Há uma rima entre pornografia sexual e pornografia política. Basta lembrar que o Bush foi eleito por causa das transas de Clinton com Monica Lewinski, o sexo oral que mudou a historia do ocidente.
Aqui, nesta crise pornô política só ouvimos: “não, não, não fiz”. Já que a nudez da verdade está coberta pelo manto sujo da mentira, já que não podemos ver o Dirceu nu, o Delúbio pelado, o Gushiken fazendo strip tease, só nos resta esperar que as boazudas da CPI, a mulher do Buani, a Camila assessora, até a Karina posem nuas. Seria uma verdade ao menos, porque nunca vimos tanta prostituição ao vivo como nas CPIs.
Por isso os donos de bordel devem ter pensado: se vemos o troca-troca entre PT e PP, a gigolotagem dos partidos com o executivo, o assédio sexual que fazem ao STF, conseguindo até favores jurídicos, ou o fetichismo de cuecas cheias de dólares, podemos anunciar também nossas sacanagens nos outdoors.
Já as meninas de programa devem estar chorando: “que injustiça, afinal, somos honestas, não ganhamos mensalão, o michezão é honesto, ganhamos no trabalho duro e isso aumenta o desemprego”. Afinal os pilotos fariam conosco o mesmo que os políticos fazem com o povo brasileiro todo dia.
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