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segunda-feira, 11 de abril de 2005

Cem dias I

Neste dia 10 de abril, todos os prefeitos eleitos em 2004 completaram 100 dias de administração.

Trata-se de um número redondo que tem efeito simbólico, mas que é usado como termômetro para avaliar uma administração pública. Eu pessoalmente, acho que 100 dias não é uma data que possa servir de referencial se uma administração avançou ou não. Sempre achei que o certo é começar a cobrar um novo governo depois de seis meses, mas como somos impacientes, começamos a diminuir os prazos...
Em seu blog, Jeso Carneiro ouviu algumas pessoas sobre essa data com relação à prefeita Maria do Carmo e me mandou e-mail pedindo opinião, que não dei pelos motivos narrados nos dois posts anteriores, e que passo a discorrer agora.

Para analisar os cem dias de Maria, vale a pena voltar um pouco atrás, pois vi de perto outras duas administrações anteriores que sofreram para entrar no eixo nesse curto período:

- Ruy Corrêa (1993/1996) teve a hercúlea tarefa de arrumar uma bagunça de 10 anos da dupla Ron-Ron (Ronan Liberal e Ronaldo Campos, os prefeitos mais incompetentes e corruptos que Santarém já teve), e em cem dias ainda era difícil vislumbrar todas as mudanças que ele realmente faria na prefeitura;

- Lira Maia (1997/2000), eleito com apoio de Ruy em tese deveria ter menos problemas pois recebeu uma administração mais enxuta e colaboração para tocar o barco, mas também demorou para se achar. E quando se achou, começou a criar seu próprio rumo e chegou a um segundo mandato lutando contra o próprio Ruy, e só aí não teve problemas de adaptação (aliás, não me lembro de alguém ter comemorado a data no segundo mandato).

Com Maria não deve ser diferente: muda a filosofia de governo e quem entrou não quer deixar resquícios dos últimos oito anos. Então, demanda tempo para que se tenha uma melhor noção do que será este governo.

Apesar disso, e talvez por ter convivido todos este anos dos dois lados do front, tenho uma concepção sobre o governo de Maria, que eu resumiria em apenas uma pessoa: Everaldo Martins Filho.

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