Pra quem não conhece ou não se lembra, em época de alta estação, no verão amazônico, a água baixa mas a distância entre a vila de Alter do Chão e a Ilha do Amor, tem que ser vencida através de uma travessia com as famosas catraias, que são um dos meios do caboclo borari (natural de Alter do Chão) faturar uns trocados...
...mas este ano, as águas foram ingratas com os catraieiros. Baixaram muito e deixaram um caminho de areia que foi facilmente vencido pela grande maioria dos banhistas, que preferiu fazer uma fila na travessia, sem precisar nadar, do que atravessar nas catraias.
E pra finalizar uma foto dos campeões do Festival dos Botos, que a partir deste ano passa a ser um evento que vai ser desvinculado aos poucos do ritual do Sairé, de histórica tradição. A foto abaixo mostra o boto-homem e a cabocla no ritual da sedução, ponto alto da apresentação do grupo folclórico:
Para saber mais sobre o Sairé, sua tradição e sua história, recomendo a leitura de um texto impecável do jornalista santareno Manuel Dutra, publicado há alguns dias no site do Jeso Carneiro, onde ele diz, entre outras coisas:
"Associado, como folclore, à vila de Alter do Chão, no Tapajós, bem perto de Santarém, muitos imaginamos que o Sairé seja uma coisa dos nossos dias apenas, uma festa engendrada por "caboclos", palavra esta com que todos nós, caboclos ou não, nos depreciamos uns aos outros"
Para ler o texto integral clique AQUI.
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