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quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Ecos de Alter

Terminou o Sairé e o Boto Cor-de-Rosa conquistou o quarto de sete títulos já disputados com o Boto Tucuxi, no Festival Folclórico que se realiza durante a tradicional festa.
Eu havia preparado um material especial com várias fotos, mas não pude inserir no blog nestes dias, mas como tenho amigos que moram em outras cidades (e até em outros países) visitando o meu blog, faço um resumo jornalístico, mostrando principalmente o paraíso que é a nossa Alter do Chão.
As fotos são de Jurandir Azevedo.
Na foto acima, o olhar da lente de Jurandir Azevedo espreita entre as folhas a beleza de nossa famosa enseada, a chamada "Ilha do Amor" em Alter do Chão, o nosso "Caribe da Amazônia". Abaixo, pode-se ver como estava a movimentação na praia no último domingo do Sairé:
Nada melhor que uma ressaca pós-Sairé, nas areias brancas da praia. O flagrante de Jurandir mostra jovens inspirados na lenda do boto, talvez depois de uma noitada atrás de uma cunhantã...

Pra quem não conhece ou não se lembra, em época de alta estação, no verão amazônico, a água baixa mas a distância entre a vila de Alter do Chão e a Ilha do Amor, tem que ser vencida através de uma travessia com as famosas catraias, que são um dos meios do caboclo borari (natural de Alter do Chão) faturar uns trocados...

...mas este ano, as águas foram ingratas com os catraieiros. Baixaram muito e deixaram um caminho de areia que foi facilmente vencido pela grande maioria dos banhistas, que preferiu fazer uma fila na travessia, sem precisar nadar, do que atravessar nas catraias.

E pra finalizar uma foto dos campeões do Festival dos Botos, que a partir deste ano passa a ser um evento que vai ser desvinculado aos poucos do ritual do Sairé, de histórica tradição. A foto abaixo mostra o boto-homem e a cabocla no ritual da sedução, ponto alto da apresentação do grupo folclórico:

Para saber mais sobre o Sairé, sua tradição e sua história, recomendo a leitura de um texto impecável do jornalista santareno Manuel Dutra, publicado há alguns dias no site do Jeso Carneiro, onde ele diz, entre outras coisas:

"Associado, como folclore, à vila de Alter do Chão, no Tapajós, bem perto de Santarém, muitos imaginamos que o Sairé seja uma coisa dos nossos dias apenas, uma festa engendrada por "caboclos", palavra esta com que todos nós, caboclos ou não, nos depreciamos uns aos outros"

Para ler o texto integral clique AQUI.

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