Recebi há dias em meu e-mail, comentário do jornalista Miguel Oliveira sobre o Troféu Imprensa. Considero algumas de suas colocações interessantes e que podem suscitar um bom debate, por isso passo a publicá-lo na íntegra:
"Como o teu blog é um espaço para debate de idéias e manifestação de pensamento, encaminho os meus comentários sobre o troféu “imprensa”.
1- Acho o título do certame equivocado. Por ser cópia da premiação que faz o Sílvio Santos, para manter o mesmo título teria que ser nos moldes do SBT, isto é, quem julga são profissionais da imprensa, bem entendido, jornais, revistas, professores de jornalismo e sites de informação. Mas adequado seria enquadrar a premiação como “destaques do rádio e da televisão”.
2- Sem tirar a credibilidade do sindicato dos radialistas, fica sempre uma interrogação sobre os critérios de escolha dos vencedores e quem, afinal, escolhe os nomes que são premiados. Pela minha experiência, tenho certeza que muitos dos “jurados” não têm o costume de ouvir os programas informativos das emissoras locais. Além do mais, nem mesmo os dirigentes dessas entidades populares têm cabedal suficiente para distinguir o que é bom ou ruim na programação radiofônica e televisa.
3- Dar o prêmio de melhor telejornal ao Bom Dia da Tapajós é brincadeira. Melhor seria premiá-lo com o troféu “rainha da sucata”. Só traz notícia velha e repetida do jornal 2ª edição do dia anterior e entrevistas enfadonhas. Aliás, em vez do clone, deveriam premiar a matriz. Em atualidade a que se propõe por ser o primeiro telejornal da emissora, o BDS perde feio para o jornal da manhã da Rádio Rural, que apesar das limitações, fez jus ao prêmio de melhor radiojornal. Veja a que ponto nós chegamos: o melhor informativo das emissoras santarenas é do rádio e não da televisão, que tem, teoricamente, mais recursos e maior equipe.
4- Na categoria repórter radiofônico, o premiado é useiro e vezeiro em repetir o que o concorrente direto da rádio Guarany já noticiou horas antes, agravado ainda pelo fato do mesmo se valer de matérias exclusivas de O Estado do Tapajós e retransmiti-la sem citar a fonte da notícia, dando a falsa impressão ao ouvinte que a mesma foi apurada por ele. Há cerca de 15 dias, tudo o que o Ray Pereira noticiou no programa do Edinaldo Mota, o premiado repetiu, sem ter, ao menos, o cuidado de inverter a ordem das notícias. Um júri criterioso evitaria essa aberração.
5- Um dos programas premiados da TV Guarany (variedades) não merece nem menção quanto mais ganhar prêmio. Justiça foi feita ao Cidade Alerta que, sem apelação, vem se consolidando como um bom informativo da tevê santarena. Por linhas tortas, os jurados mandaram para o limbo do esquecimento os outros dois concorrentes, que usam e abusam das baixarias para tentar ganhar audiência.
6- Por último, nenhuma emissora FM deveria receber prêmio na categoria melhor programação musical. Dia desses, liguei o rádio na 94, só tocava porcaria. Girei o dial para a 100 e a cena se repetia. Mudei para a Rural. Surpreendentemente, lá sintonizei uma excelente programação musical, com muita MPB e música ao gosto do povão, mas sem apelação ou letras de duplo sentido. Em FM, programação musical de qualidade só mesmo no horário do Antônio Fernando (sic), a quem eu nem conheço.
Grato, Miguel Oliveira
Comentário do Blog: com relação ao primeiro tópico, já disse ao Miguel que o troféu tem esse nome porque seu criador, o ex-colunista do Jornal de Santarém, Geraldo Bandeira, assim o nomeou em meados dos anos 80, e depois que foi embora de Santarém, repassou a premiação para o Sindicato que preferiu não mexer numa marca já consolidada, mas concordo que o nome poderia ser outro. Quanto aos critérios de escolha, eu que já acompanhei a organização de várias versões do Troféu Imprensa e sei que já foram tentadas várias fórmulas, inclusive a sugerida por Miguel. Ocorre que há cada ano, na tentativa de evoluir e melhorar, a comissão encarregada do evento ouve os associados e acaba mexendo na fórmula. Isso nem sempre contenta a todos, mas quem sabe um dia se chegue a um denominador comum (e quem sabe agrade gregos e troianos...se é que é possível!). Quanto aos demais comentários, por serem estritamente pessoais, me reservo a não comentá-los, mas abro espaço àqueles que foram citados para questionarem os posicionamentos de Miguel. Uma última informação: "Antonio Fernando" na verdade é Pedro Fernando, e realmente tem um programa que se alinha com o meu gosto, com o de Miguel e de outros intelectuais... Mas o rádio tem que ser eclético e atingir todos os gostos, e não só os do Miguel ou o meu...
Achei louvavel o comentário do Miguel embora eu concorde 50 por cento so com o que ele falou. Os itens 1 e 2 eu assino embaixo. Agora com relação ao seu ponto de vista sobre o Bom Dia Santarém, eu sinceramente acho que o BDS da um banho nos demais, apresentados no município. Quando eu trabalhava na emissora eu sempre fazia questão de apresentar minhas reportagens no BDS principalmente porque tinha um retorno legal (não desmerecendo o 1a. e 2a. edição). O fato de ser levado ao ar cedinho mantém todos bem informados, embora eu tenha q concordar que há muita repetição de matérias. O certo é que tem dias que a maré não tá pra peixe e as vezes o repórter tem que se rebolar para encher uma belas linguiças....
ResponderExcluirNao conheço o jornalista Miguel Oliveira, mas acho que ao invéns de ficar falando de jornais e profissionais que sao os mais competentes de santarem , deveria se preocupar com os comentários sobre a sua homossexualidade, colocada em evidencia em um "jornalzinho" que circula pela cidade.
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