Os blogs, como fonte de notícia, deixa de ser apenas um fenômeno, para se transformar, aos poucos, em realidade. As duas notas abaixo tirei da coluna Weblog, do jornalista Pedro Dória, especialista em analisar o que de novo surge na internet:
"Sai um, entra outro (25.04.2005)
"Sai um, entra outro (25.04.2005)
O declínio dos jornais é anterior à Internet. Mas a segunda geração da Internet – de banda larga – não está apenas acelerando este declínio como também está mudando o negócio de uma forma que os antigos rivais dos jornais – rádio e tevê – nunca fizeram.
Pessoas mais velhas, que o Mr. Murdoch chama de "imigrantes digitais", talvez não tenham percebido, mas os jovens "nativos digitais" cada vez mais recebem suas notícias pela web. [...]É tentador, mas errado, para a mídia tradicional (que inclui The Economist) fazer pouco caso disto. É verdade, por exemplo, que a maioria dos blogs não valem ser lidos e, na verdade, não são lidos – mas isto também é verdade para muitos dos jornais tradicionais. [...]Mesmo que grupos de mídia estabelecidos – como o de Mr. Murdoch – comecem a responder melhor a estas mudanças, será que conseguem lucrar com elas? Mr. Murdoch diz que alguns, ao menos, conseguirão navegar pela transição conforme o lucro com propaganda migre dos anúncios impressos para os eletrônicos.
O Mr. Murdoch deste artigo da Economist é, naturalmente, Rupert Murdoch, dono de impérios de mídia na Oceania, Grã Bretanha e EUA – no caso, o Grupo Fox. Depois de rejeitar a web por muito tempo, agora começa a falar de como sobreviver a ela.Para a turma da revista britânica, a mudança de rumo de Murdoch marca o momento em que a grande imprensa (no exterior) começa a olhar para a rede de forma diferente e a levar blogs mais a sério. É um jogo de sobrevivência que começa.
De bit em bit (27.04.2005)
De bit em bit (27.04.2005)
Discretamente, o sistema de propaganda do Google está dominando a propaganda da rede. Simon Waldman, diretor do Sistema Digital do Guardian, jornal britânico, diz o seguinte em seu blog: 'o problema é que – e vamos ser honestos – não tem como as empresas tradicionais de mídia competirem neste ritmo. Ou mesmo na metade do ritmo. Não é um ato de auto-flagelação, é questão de realidade. Para melhor ou para pior' .
Segundo Waldman, as edições digitais dos jornais estão crescendo a olhos vistos, enquanto suas versões tradicionais caem. via Scripting news"
Os jornais sentem-se ameaçados;
ResponderExcluirOs correios revêem seus conceitos;
O sistema de telefonia investe em pesquisas para minimizar os impactos do uso da voz sobre IP;
A televisão redefine objetivos;
Rádios aportam suas programações na rede mundial.
Apesar de tudo isso... É incrível como algumas pessoas ainda abjuram os impactos oriundos da internet que, aliás, estão longe de acabar.
Fazer pouco caso dessa nova realidade pode ser fatal.