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sexta-feira, 15 de abril de 2005

Entreatos do Entreatos II

Talvez para um espectador comum seja até chato o documentário de Salles, mas ele conseguiu captar a aura humana que envolve o jeito Lula. Essa era a sensação entre os petistas, que como eu, assistiam o filme Entreatos ontem à noite.

Numa mão um saco de pipoca, na outra uma lágrima fugidia.

Eu mesmo lagrimei vendo a figura de Lula sentado em sua casa ao lado de Marisa, enquanto a TV contava sua história como o mais novo presidente do Brasil. Voltei ao tempo e me vi na Unidade Portátil da TV Tapajós, gerenciando a equipe que apurava a votação da eleição de 2002, em frente ao cartório Eleitoral na Mendonça Furtado.

Naquele dia, assisti pela televisão a mesma matéria que fez o Lula chorar no filme e também não contive o choro. Minha equipe respeitou, pois sabia um pouco do meu passado.

Só quem já viveu a militância petista na juventude, andando com o pé no barro das periferias, atravessando igarapés com pastas e documentos para reuniões em longínquas comunidades, pode entender a dimensão de ver seu líder maior chegando ao Poder.

E não importa que hoje se diga tanta coisa sobre o PT no poder. Não há petista que não tenha crítica ou auto críticas sobre a nova fase do partido, mas todos nós participamos da história, como bem disse Lula no filme.
Bem ou mal, o PT é fato. O resto é foto.

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